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Históricas conquistas civis das mulheres alicerçam caminho para mais direitos e avanços


Foto: Reprodução

A história das conquistas civis das mulheres se atrela à luta e aos movimentos sociais que desafiaram sólidas estruturas patriarcais. Leis e costumes subjugaram as mulheres e seus direitos em diferentes momentos históricos, como, por exemplo, na Grécia Antiga, no Império Romano e na Idade Média. O movimento pelos direitos femininos se intensificou no século XIX, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, com a ascensão das revoluções liberais. Um dos primeiros marcos significativos foi a Convenção de Seneca Falls, em 1848, quando líderes feministas como Elizabeth Cady Stanton e Lucretia Mott defenderam a igualdade de direitos, incluindo ao voto, entre homens e mulheres. 

 

A luta pelo sufrágio feminino tornou-se uma das principais bandeiras feministas no final do século XIX e início do século XX. Nos Estados Unidos, ativistas como Susan B. Anthony e Sojourner Truth foram fundamentais para a expansão desse movimento. Na Inglaterra, as chamadas "sufragistas", sob a liderança de Emmeline Pankhurst, lideraram campanhas e manifestações para pressionar o governo britânico a conceder o voto às mulheres. Em 1918, mulheres britânicas conquistaram o direito ao voto. Dois anos depois, nos Estados Unidos, a 19ª Emenda foi aprovada, consolidando o sufrágio feminino.

 

Além do direito ao voto, as mulheres também lutaram por melhores condições de trabalho e pela igualdade salarial. Durante a Revolução Industrial, muitas ingressaram no mercado de trabalho, especialmente nas fábricas. No entanto, enfrentaram longas jornadas, salários baixos e condições arriscadas. O movimento sindical feminino surgiu em resposta a essas desigualdades. Ao longo do século XX, leis trabalhistas foram implementadas para proteger os direitos das trabalhadoras.

 

A luta pela igualdade de gênero também teve ligação com a conquista de direitos reprodutivos. No início do século XX, figuras como Margaret Sanger começaram a defender o acesso a métodos contraceptivos e a educação sexual, desafiando leis restritivas da época e garantindo às mulheres o controle sobre seus próprios corpos. Durante a segunda metade do século XX, a "segunda onda" do feminismo emergiu, focada em questões como a discriminação no local de trabalho, violência doméstica e direitos reprodutivos. A aprovação da Lei dos Direitos Civis de 1964 nos Estados Unidos, que proibia a discriminação de gênero no trabalho, foi importante no período.

 

No Brasil

A história das conquistas civis das mulheres também foi marcante em território brasileiro. A Constituição de 1988 representou importante avanço no País, garantindo direitos iguais em diversas áreas, incluindo o mercado de trabalho e a proteção contra a violência.

 

Nas últimas décadas, o movimento pelos direitos das mulheres ampliou a atuação ao incluir outras formas de opressão, como racismo e classismo, resultando na propagação de pautas pelos direitos, pela defesa e pelo respeito a mulheres negras, indígenas e transexuais. A violência e discriminação de gênero ainda são marcantes nacionalmente, apesar da crescente representação feminina em cargos públicos e no mercado de trabalho. 

 

Em 2002, o Código Civil encerrou a existência jurídica do “chefe de família”, com direitos e obrigações iguais entre homens e mulheres no exercício da “sociedade conjugal”. Com status de Ministério, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres foi criada em 2003 para dar mais visibilidade política às mulheres. A Lei Maria da Penha, em 2006, e a Lei do Feminicídio, em 2015, endureceram a punição a quem pratica violência contra as mulheres. Delegacias especializadas no caso também foram multiplicadas em todo o País. Em 2010, o Brasil elegeu a primeira mulher para a Presidência da República, Dilma Rousseff.

 

As conquistas e os avanços, embora representativos e importantes, para a dignidade da vida das mulheres alicerçam o caminho que precisa ser efetivado para que mais direitos sejam garantidos, visando a plenitude do respeito à vida profissional, pessoal e social das mulheres cis e transgêneros.

 

Ceará

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, através do Movimento das Mulheres do Legislativo Cearense, reúne mulheres que atuam na instituição para desenvolver ações voltadas para o bem-estar social do cidadão cearense, atuando nos ambientes externos e internos do órgão com foco em ser um importante elo com populações vulneráveis e a iniciativa privada.

 

Em março de 2024, o projeto reuniu servidoras e representantes de municípios cearenses que trabalham e empreendem com artesanato na “Semana Artesã”, com exposição, venda e workshops do segmento. 

 

O canal televisivo da casa legislativa estadual também promove pautas que alicerçam a força feminina com o programa “Mulheres no Parlamento”. A atração recebe mulheres que compartilham os principais momentos das suas trajetórias pessoais e profissionais. 

 

As iniciativas constituem válida postura pública para a promoção da dignidade feminina.

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