SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Príncipe Harry (Foto: Paul Edwards/Reuters)
Leonardo DiCaprio , Forest Whitaker e Djimon Hounsou se juntaram ao Príncipe Harry, 37, em uma campanha para pedir uma suspensão imediata da perfuração de petróleo e gás na Bacia do Rio Okavango, na África Austral, segundo a revista People.
A Bacia do Rio Okavango tem uma rede de sistemas fluviais que atravessa Angola, Botswana e Namíbia, que fornece água a quase 1 milhão de pessoas e à vida selvagem da região. Ela também abrange o Delta do Okavango, um local do Patrimônio Mundial da Unesco conhecido por sua biodiversidade, e dois locais vitais de áreas úmidas de Ramsar.
A empresa canadense de petróleo e gás ReconAfrica (Reconnaissance Energy Africa) começou a perfurar a bacia do rio Okavango, no final de 2020. Ela obteve uma licença para perfuração exploratória em uma área de 13.200 milhas quadradas, apesar da preocupação das comunidades locais.
Em um artigo de opinião publicado pelo Príncipe Harry e o ativista ambientalista, conservacionista e poeta Reinhold Mangundu da Namíbia no Washington Post em 14 de outubro. A dupla alertou sobre a "destruição permanente" devido à perfuração. "Acreditamos que isso destruiria o ecossistema em busca de lucro potencial", disseram eles. "É melhor deixar algumas coisas na vida sem serem perturbadas para cumprir seu propósito de benefício natural. Esta é uma delas."
O príncipe Harry e Mangundu citam um vazamento recente de um oleoduto na costa da Califórnia, que deixou mais de 140 mil galões de petróleo no Oceano Pacífico, e um incêndio em julho no Golfo do México causado pela extração de petróleo. "Não há como reparar os danos causados por esses tipos de erros", eles disseram. "A perfuração é uma aposta ultrapassada que traz consequências desastrosas para muitos e uma riqueza incrível para uns poucos poderosos. Representa um investimento contínuo em combustíveis fósseis em vez de energias renováveis."
A dupla acrescentou: "O risco de perfuração sempre superará a recompensa percebida. Em uma região que já enfrenta o abuso de exploração, caça furtiva e incêndios, o risco é ainda maior."
O príncipe Harry, que visitou a África em muitas ocasiões desde a infância, chamou o continente de sua "segunda casa". Harry é o presidente dos Parques Africanos e patrono da Rhino Conservation Botswana. Ele também foi cofundador da Sentebale em 2006 com o Príncipe Seeiso do Lesoto, uma instituição de caridade para apoiar jovens afetados pelo HIV e AIDS no Lesoto, Botswana e Malawi.
Harry visitou o Botswana no início de seu relacionamento com Meghan Markle no verão de 2016. "Consegui persuadi-la a vir e se juntar a mim em Botswana. Acampamos juntos sob as estrelas. Ela veio e se juntou a mim por cinco dias lá, o que foi absolutamente fantástico", disse após o noivado. "Então estávamos realmente sozinhos, o que foi crucial para eu ter certeza de que tínhamos a chance de nos conhecer."
DiCaprio, 46, compartilhou um vídeo no Instagram pedindo aos fãs que acrescentassem seus nomes à carta aberta pedindo o fim das perfurações na área. "Re: wild está com as pessoas da bacia do rio Okavango, que dependem da saúde da bacia para sua sobrevivência", diz a legenda. "ReconAfrica está prestes a poluir suas fazendas e destruir uma bela paisagem - uma que beneficia toda a vida na Terra - para sempre. Junte-se a nós assinando a carta aberta no link na bio. Juntos, podemos #SaveTheOkavango. Para todos os selvagens."