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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o arcabouço fiscal nesta segunda-feira (24), depois de uma declaração dada em um evento voltado ao segmento econômico. "Estão tentando distorcer o que falei agora em um evento. Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal, que estou confortável com os seus atuais parâmetros e que defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo", afirmou em uma rede social.
O imbróglio se deu após Haddad ventilar as possibilidades de mudanças nos parâmetros do arcabouço fiscal. O número 1 do Governo Lula destacou que as alterações só viriam em um cenário que combinasse queda da Taxa Selic, inflação sob controle e estabilidade na dívida pública. "Quando você estiver numa situação de estabilidade da dívida/PIB, se você tiver uma Taxa Selic mais comportada e uma inflação mais comportada, você vai poder mudar os parâmetros", disse.
A polêmica atingiu em cheio o mercado financeiro. O dólar chegou a R$ 5,77, mas desacelerou e estabilizou-se em R$ 5,73 após o esclarecimento do Ministro.
A moeda norte-americana voltou a subir para R$ 5,75 após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que pretende impor uma tarifa adicional de 25% sobre os países que comparem petróleo da Venezuela. O arcabouço fiscal estabelece meta de déficit primário zero para 2025 e superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028.