Freira e militante ensina que Jesus nunca foi sacerdote.
A religiosa e militante feminista, Tea Frigerio, causou controvérsia durante o 15º Intereclesial realizado em Rondonópolis (MT) ao afirmar que "Jesus nunca foi sacerdote" e que ele era, na verdade, um leigo que se aproximou dos marginalizados da sociedade. Frigerio, que é biblista e missionária xaveriana, em outra ocasião defendeu a sacralidade do feminino e a ideia de que Deus também pode ser Deusa.
Ao criticar o paradigma patriarcal de Deus, Tea propõe uma mudança na forma de nomear a divindade, substituindo o termo "Deus" por "Deusa". Segundo ela, essa estratégia de doutrinação é realizada gradualmente, apostando em pequenos grupos e na margem da religião católica.
Em contraposição à declaração de Tea Frigerio, o Catecismo da Igreja Católica estabelece que Jesus é o Sumo Sacerdote, como dito nas Escrituras,, sendo a realização de todas as prefigurações do sacerdócio da Antiga Aliança. A Tradição cristã considera Melquisedec uma prefiguração do sacerdócio de Cristo, que se tornou o "único mediador entre Deus e os homens".
Na Nova Aliança, Jesus elevou o sacrifício, o templo e o sacerdócio à mais alta dignidade, substituindo o sacrifício de animais por sua própria oferta na Cruz e no altar. A autoridade de Jesus é tão elevada que Ele instituiu o sacerdócio ministerial ao escolher pessoalmente os Apóstolos, conferindo-lhes o dom do sacerdócio na última ceia.
Assim, enquanto a declaração de Tea Frigerio questiona o papel sacerdotal de Jesus, a Igreja Católica reafirma sua posição bimilenar de que Jesus é o Sumo Sacerdote da Nova Aliança, responsável por renovar seu sacrifício na Santa Missa.