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Jansen Araújo: o jovem da Casa... dos Relojoeiros

A idade de uma pessoa nem sempre está relacionada à experiência e à competência profissional. Jansen Araújo, por exemplo, está com 37 anos e, há 19, dedica sua rotina à Casa dos Relojoeiros, empresa de sua família. 

De assistente do departamento de informática, ele demonstrou habilidade suficiente para ocupar, atualmente, a Direção de Marketing. “Como diretor, atuo diretamente nas áreas de criação de campanhas publicitárias, planejamento e acompanhamento de tudo que envolve marketing e promoção. Desde eventos em lojas, ações externas, mídias, negociação com fornecedores e parceiros. Cuido também de toda a comunicação da empresa, seja interna ou externa”, explicou.

Formação acadêmica não lhe falta: graduado em Administração pela Universidade de Fortaleza, pós-graduado em Gestão de Negócios pela Faculdade Getúlio Vargas e em Gestão de Varejo pela Universidade de São Paulo, além de MBA em Finanças na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Quando indagado sobre as fragilidades do setor empresarial de óticas e joias local, Jansen é enfático. “Aqui no Ceará, ainda sofremos muito com a falta de profissionalismo do segmento em geral. Muitos vendem de qualquer jeito, sem critério ou treinamento algum, abrindo mão da qualidade. Isso gera uma expectativa errada nas pessoas e traz problemas para quem trabalha corretamente, pagando seus impostos”, argumentou.

Em uma entrevista descontraída e leve à Coluna Frisson, Jansen Araújo contou detalhes da carreira, falou das dificuldades que superou e da expectativa pessoal e profissional no futuro. Confira a seguir:

Você nasceu no mundo da ótica e joalheria, herança vinda do seu pai, João Araujo Sobrinho, que, há 50 anos, atua no mercado. Fala um pouco da sua experiência inicial na empresa até chegar ao patamar atual.

Iniciei do básico. Quando comecei, trabalhei como assistente no departamento de informática. Na época, meu trabalho era dar assistências às lojas e departamentos quando os computadores davam algum defeito. Se eu não conseguisse resolver na hora, tinha que colocá-lo debaixo do braço e levar para a assistência. Logo depois, me tornei digitador e minha missão era digitar fichas de clientes e dar baixas em carnês de pagamento. Em seguida, virei operador de sistema e, nessa época, já dividia minhas impressões com o gerente de informática da época. Essa aproximação com o gestor da área culminou que assumi o departamento de tecnologia da empresa. Passei alguns anos quando percebi que deveria migrar para uma área mais estratégica da empresa. Fui, daí, para o departamento de compras. Primeiro, como assistente e, depois, como chefe do setor. Foi lá que tive o verdadeiro contato com o negócio da empresa. Logo em seguida, assumi como diretor administrativo e depois como diretor de comunicação e marketing, onde estou atualmente.

Seu papel é fundamental como Diretor de Marketing da Casa dos Relojoeiros. Quais áreas integram seu cotidiano e quais obstáculos enfrenta para atingir o êxito?

Como diretor de marketing, atuo diretamente nas áreas de criação de campanhas publicitárias, planejamento e acompanhamento de tudo que envolve marketing e promoção. Desde eventos em lojas, ações externas, mídias, negociação com fornecedores e parceiros. Cuido também de toda a comunicação da empresa, seja interna ou externa. Além de outras áreas estratégicas como expansão e alterações no portfólio de produtos. Os obstáculos são muitos, mas destaco o planejamento e acompanhamento de nosso calendário promocional. Pois como as datas são sazonais e perecíveis, o timing é fundamental para que tudo funcione e esteja pronto antecipadamente.

Atualmente, você trabalha com seu pai. Quais as principais características de uma empresa familiar? Na sua opinião, é mais fácil lhe dar com família ou funcionários?

Posso destacar como forte característica o amor e zelo pelo negócio. Como também a comunhão dos valores familiares. Falando de convivência com familiares e funcionários, diria que ambos têm seus pontos fortes e desafios diferenciados. Com a família, temos o tempero de casa, a facilidade e abertura na comunicação e como desafio a capacidade de separar as coisas. Já com os funcionários é mais fácil estabelecer regras e limites e o desafio é manter a chama e motivação acesa.

De que maneira analisa o atual mercado de joias e óticas cearense? Há alguma diferença em relação ao restante do País?

Como o País é muito grande, é normal que existam regionalismos no mercado que atuamos. Aqui no Ceará, ainda sofremos muito com a falta de profissionalismo do segmento em geral. Muitos vendem de qualquer jeito, sem critério ou treinamento algum, abrindo mão da qualidade. Isso gera uma expectativa errada nas pessoas e traz problemas para quem trabalha corretamente, pagando seus impostos. O mercado aqui no Ceará ainda tem muito a crescer. Com o acesso à informação ficando cada vez mais fácil, é de se esperar que os profissionais do ramo busquem conhecimento e as melhores práticas. Isso vale também para os consumidores, que estão bem informados e atentos.

O que dá mais retorno na empresa atualmente: venda de joias, relógio ou ótica? 

Hoje, nosso maior negócio é no segmento de ótica.

Você trabalha com grandes marcas. Tem alguma grife que você queria trabalhar e que é bastante procurada na empresa? 

Nosso portfólio de grife e marcas é bem amplo e o que oferecemos já abastece todas as necessidades. Algumas outras grifes seriam bacana para agregar, mas tudo tem seu momento.

Como você apresenta a Casa dos Relojoeiros para os oftalmologistas? Você tem algum diferencial em equipamento? 

Sempre nos posicionamos como uma continuação do atendimento do médico oftalmologista. Temos um laboratório óptico moderno com as mais recentes tecnologias e a melhor equipe de ópticos do mercado (nosso maior diferencial). Isso é uma característica que dá tranquilidade aos médicos.

Como investe em tecnologia? 

Investimos constantemente em tecnologia, seja ela de confecção dos óculos, com as máquinas e as melhores práticas, controles internos, processos e tecnologia no atendimento. Como participamos das principais feiras do setor e de algumas feiras de outros setores, temos acesso ao que existe de mais moderno na forma de atender e fazer varejo.

A Casa dos Relojoeiros tem lojas em Fortaleza e em algumas cidades do interior e outros estados do Nordeste. Qual pretensão de expansão para os próximos anos? São quantas lojas atualmente? 

Hoje, a Casa dos Relojoeiros possui 30 filiais. E já temos cronograma para abrir mais 06 filiais até o fim de 2014. A primeira delas aqui em Fortaleza no Shopping Parangaba. As outras cinco são em Fortaleza também e fora do Estado. Essas são lojas que já estão certas de serem inauguradas, outras podem surgir dependendo da oportunidade.

Sobre os prêmios conquistados. Quais são os principais? E a que se deve tamanho reconhecimento público? 

Em 50 anos de história, já ganhamos todos os prêmios e comendas que existem na praça. Considero nosso principal prêmio, disparado, é o reconhecimento de nossos clientes e parceiros que nos deram a honra e oportunidade de comemorar nosso cinquentenário. Esse reconhecimento debito ao trabalho sério e criterioso que temos, seguindo sempre a linha do bem.

Com crescimento na classe C, você sentiu reação nas vendas? Mais pessoas estão comprando ótica e joias? 

Quem primeiro sentiu o crescimento da classe C foi o setor de eletro e construção. Investir na reforma da casa e no incremento de eletroeletrônico é prioridade para muitos. Uma vez feito isso, essa classe migrou o investimento para outros segmentos, como acessórios, moda e tecnologia, que é onde nos destacamos. Percebemos isso a cada mês em nossas lojas.

Diante dos números desfavoráveis da economia atual, de que maneira a Casa dos Relojoeiros driblou esse contexto? 

A principal fórmula para driblar esse desaquecimento é acreditar em seu negócio. Manter essa energia positiva gera uma onda para toda a equipe e mantém a empresa nos planos de investimento. Investimentos em treinamento, propaganda e marketing, novas tecnologias e abertura de loja, tudo isso só foi possível graças ao foco no entusiasmo.

O mercado de ótica e joias é bem concorrido em Fortaleza. Quais estratégias vocês utilizam para se manter firme no mercado? 

Nossa principal estratégia é nos manter firmes em nossos valores, que são: superar as expectativas de nossos clientes; atender às expectativas de nossos colaboradores, fornecedores e parceiros; estabelecer e manter um relacionamento baseado na ética, confiança e credibilidade; e aprimoramento contínuo na gestão de pessoas e processos. Temos convicção que se mantendo firmes a isso, as pessoas e o mercado responderão.

Seus amigos frequentam as lojas? 

Acredito e espero que sim. Mas nunca tive a preocupação de cobrar isso de meus amigos. Sempre que recebo algum feedback deles, aproveito o momento para agradecer e me informar se foram bem atendidos, se ficaram satisfeitos com o todo e com o produto que compraram.

Atuar em um cargo de importância em uma empresa como a Casa dos Relojoeiros requer determinação e controle do tempo. Como administra sua agenda entre trabalho e família? 

É uma tarefa complicada, mas o que faço basicamente é maximizar a qualidade do tempo quando estou com eles. Tipo, se estou com eles, estou de corpo e alma. Assim, consigo minimizar o desconforto da ausência física. Quando preciso fazer algum trabalho em casa, espero que todos durmam, só aí inicio o terceiro turno.

Qual seu roteiro de fim de semana? 

Nos fins de semana, dedico à família. Sempre procuro programas que possa levar meus filhos pequenos. E, quando dá, revejo amigos para um bom papo. Agora que os pequenos já estão maiores, vou incluir viagens rápidas no roteiro do fim de semana.

Como dribla as ações da concorrência? Diante do surgimento de óticas mais populares, como a Casa dos Relojoeiros fideliza seus clientes tradicionais e traz para si públicos diversos?

Driblamos a concorrência fazendo bem o que sempre fazemos: investindo cada vez mais em inovações, treinamentos, conforto e comodidade em nossas lojas. Mas, principalmente investindo e motivando nossa equipe de frente, que tem contato direto com nossos clientes. Esse diferencial no atendimento, somado à seriedade do nosso trabalho é a principal peça de fidelização de nossa clientela.

Quais são os seus projetos em andamento? E quais os projetos futuros na área da joalheria?

Projetos de expansão são sempre prioridades. Estamos viabilizando o incremento de novas marcas em nosso portfólio de óculos e relógios. Estamos também fazendo laboratórios em layout de loja, com um processo de autoatendimento assistido. E estamos também dando um gás em nosso projeto de acuidade visual das escolas, que tem um apelo social muito forte, pois levamos uma estrutura para as escolas para, através de testes, detectar se os alunos precisam usar óculos ou trocar os atuais óculos. Isso sem custo algum para os alunos, pais ou para a escola.

Quando atingir a experiência adquirida pelo seu pai, João Araujo Sobrinho, como espera que esteja sua vida?

Espero ter deixado a empresa ainda mais consolidada no mercado, enxuta e com garantias de perpetuidade. Com filhos vencedores, profissionais de sucesso e com suas próprias famílias. Espero também estar ao lado da minha esposa, ambos saudáveis e com vigor de um casal de jovens.

Por fim, como você quer deixar seu nome na história da Casa dos Relojoeiros?! 

Gostaria de ser lembrado como uma pessoa que contribuiu efetivamente para a perpetuidade da empresa, para seu crescimento e consolidação mais forte ainda nos mercados que atuamos. Dando o exemplo de pessoa e profissional focado no trabalho, na seriedade e integridade. Vivenciando, na empresa, todos os valores que aplico com minha família.

Vamos ao momento bate-volta-rapidinho!

Um sonho... Ter uma família saudável, unida e feliz.

Um defeito... Tenho vários.

Uma ambição... Ver a Casa dos Relojoeiros com 100 lojas.

Lugar para viajar... Nova Iorque.

Uma qualidade... Ser do bem.

Viver é... Ter sonhos.

Deus... Alicerce.

Família... Prioridade.

Amigos... Diversão.

Defina Jansen Araujo... Uma pessoa que faz o bem e quer o bem.

Acompanhe mais fotos by by Lino Vieira.

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