Alguns Bispos se escondem no anonimato em carta aos fiéis.
Uma carta atribuída a Bispos católicos brasileiros tem gerado estranheza e divisão entre os fiéis. O grupo se intitula Bispos do diálogo pelo Reino e se esconde no anonimato da internet para fazer a defesa de uma visão ideológica partidária.
"Somos bispos da Igreja Católica de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco", diz o início da carta, na tentativa de sequestrar para si o magistério do papa e deixando no ar a dúvida sobre a comunhão fraterna dos demais Bispos com o seu Pontífice.
Os Bispos anônimos nem sequer dizem quantos são ou de onde falam. Afirmam que para este segundo turno das Eleições presidenciais "não cabe neutralidade". Com a mensagem, os líderes, possivelmente ligados à Teologia da Libertação, contrariam o recente ensinamento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB que emitiu uma carta oficial em nome dos prelados aos fiéis brasileiros.
"Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos", diz a carta da Conferência que representa com legitimidade os Bispos brasileiros.
A carta dos Bispos da Teologia da Libertação pontua que, "o chefe de Governo e seus apoiadores, principalmente políticos e religiosos, abusaram do nome de Deus para legitimar seus atos e ainda o usam para fins eleitorais". Ainda para o Grupo de Bispos anônimos, "vivemos quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e das informações falsas".
Diferente do meio evangélico, padres e Bispos católicos são orientados a não tomar partido político, sua missão é formar a consciência política, sendo assim vedada a petição pública de votos para algum candidato. Os fiéis podem denunciar os casos de propaganda partidária em Igrejas no Tribunal Eclesiástico https://www.teracecnbb.org/ .