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"Sthela Regadas: tratamento humanizado em doenças no intestino", por Lidú Figueiredo

Esse é o texto que não imaginaria nunca escrever. Fui diagnosticada com um câncer no intestino grosso. É uma daquelas notícias que recebemos e nunca estaremos preparados para ouvi-la. 

Há um tempo estava com anemia. Esse foi o meu sintoma. A anemia só se agravava. Quando o nível de ferro no corpo baixava, eu desmaiava. Contudo, não tinha um diagnóstico. Até que um dos médicos que fui (e não foram poucos) solicitou a colonoscopia, um exame recomendado para pessoas acima dos 45 anos.

A demora em solicitar esse exame foi devido a minha idade: 39 anos. Uma amiga me indicou para fazer a colonoscopia com a Dra. Sthela Regadas (foto). Ela só não imaginava que essa indicação salvaria a minha vida. 

Bem, essa matéria não é só sobre mim. Durante a entrevista, Dra. Sthela comentou que ela escreve a história dela junto das histórias das vidas que salva. Isso é muito verdade. Jamais esquecerei desse capítulo da minha vida. “Cada paciente vai fazendo parte da história do meu livro. Ele tem uma história junto com você e você tem uma história junto com ele”, conta Sthela.

Com isso, a médica deixa de ser uma na multidão e passa a ser protagonista de muitas vidas, de pessoas como eu. Ela cria uma relação medico-paciente onde assume a ideia de lutar junto.

Não tinha noção do que era o câncer até que tive que buscar informações. O meu caso foi uma intervenção cirúrgica de emergência e o lutar junto se tornou um compromisso e uma missão dela. Ou melhor, nossa! 

Confesso que (muitas vezes) esmoreci. Chorei muito. O desconhecido é um lugar desconfortável que assusta. Mas o meu pensamento sempre foi fazer o que tem que ser feito porque tenho uma filha para criar.

A família e os amigos são importantíssimos nessa hora. Minha mãe, meu marido, minha irmã, minha sobrinha e minha filha ficaram arrasados. Foi muito difícil vê-los sofrendo e não poder fazer nada. Tive que assumir um papel de forte para que minha casa continuasse de pé. 

A cirurgia foi realizada de emergência. Foram retirados 17cm de intestino grosso. Foi duro ter que cancelar viagens de trabalho e alguns compromissos. Mas minha saúde era prioridade. 

No hospital, Sthela sempre passava duas vezes pra me ver. Ainda na UTI, disse a ela que a poesia da Medicina de salvar vidas era um trabalho árduo. Ela riu, me olhou com um amor que não cabia no peito, e disse que entendia a minha perspectiva. 

Eu estava realmente impressionada com tamanha dedicação dessa gigante do conhecimento cólon retal. Nessa hora, lembrei-me do que sempre falo para donos de negócios: “A única coisa que a concorrente não tem é você”. A concorrência pode até realizar esse tipo de procedimento, mas nunca será a Sthela fazendo. 

Foi aí que tive a sensibilidade de perceber que a poesia, a rima, o ritmo, a sintonia e a música fazem parte da orquestra do coração dela.

No dia da alta no hospital São Carlos, Dra. Sthela me explicou o que aconteceria no pós-operatório. Contudo, mais uma vez o ser humano que habita nela disse: “Não tome automedicação, não peça ajuda a mãe, irmã, tia ou amiga. Você tem uma médica e pode me ligar!”.

Essa é a frase que mais me emociona. A cirurgia que fiz foi complexa e há uma restrição alimentar severa. Mas passar por isso, junto a uma profissional que humaniza todo esse processo, faz tudo ser menos complicado. 

Colonoscopia

Então, gente! Eu peço que façam exames regularmente. “Muito importante na parte do intestino grosso é realizar um exame preventivo. Doenças que acometem essa parte do corpo tem uma evolução espetacular e um resultado muito positivo, se for tratado de forma imediata”, aconselha Sthela Regadas.

Embora tenha resolvido o meu problema com a cirurgia, o tratamento é construído ao longo dos anos. A primeira etapa do tratamento já foi! Agora o próximo passo é passar um longo período de tempo chamado seguimento. “Vamos te seguir por um período bem de perto, por outro período mais longe, até você estar curada”, disse a médica.

O motivo de escrever esse artigo foi para que mais pessoas sejam alertadas sobre esse tipo de câncer. E tem cura!

É um universo que tive que imergir em menos de um mês. Foi no susto mesmo! Mas quem somos nós sem nossas histórias de superações?

Fica aqui um recado da Sthela: “Não tenham receio de ir ao medico para fazer a prevenção. Se você tem histórico na família a atenção deve ser redobrada. A colonoscopia parece assustadora devido ao preparo, mas não há outra forma de limpar o intestino grosso, que mede 1,60m”. É um exame seguro e assertivo, explica ela.

A colonoscopia salva vidas e eu sou a prova disso! Façam!


Sthela Regadas (Fotos: Lino Vieira)

 

Sobre Sthela Maria Murad Regadas

A gigante Sthela Regadas é maranhense, formada em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1993). Ao longo da vida, teve um mentor que a inspirou como profissional e ser humano: o seu pai, cirurgião-geral reconhecido no Estado do Maranhão por ter levado algumas das primeiras cirurgias para lá, como tirar o baço.

Além disso, possui mestrado em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará-UFC (1999), doutorado em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará (2004), pós-doutorado (CAPES) na Cleveland Clinic/ Florida (2008-2008). Atualmente é professora Associada IV de Cirurgia Digestiva do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Ceará, chefe do Serviço de Coloproctologia do Hospital Universitário Walter Cantídio- HUWC- UFC, coordenadora da Unidade de Disfunção do Assoalho Pélvico Hospital São Carlos - Fortaleza- CE, e responsável pelas Pesquisas Clinicas e Cirúrgicas do Serviço de Coloproctologia do HUWC-UFC e Hospital São Carlos.

Informações coletadas do Lattes em 23/02/2022.

Mais informações:
Instagram: @sthela.mregadas
CCG - Centro de Coloproctologia E Gastro-Endoscopia Do Ceará
Rua Mário de Alencar Araripe, 48
Telefone: 85 98439-8238 | 3272.5652

Por Lidú Figueiredo
@lidufigueiredo

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