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Roberto Sá: o homem que está revolucionando a Segurança Pública do Ceará

Destemido em suas funções e temido por aqueles que se arriscam em seguir caminhos à margem da lei, Roberto Sá assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará em junho de 2024, quando foi empossado pelo governador Elmano de Freitas com a missão de combater crimes presenciais e cibernéticos. “A gente não desiste e chega até eles. A internet é um avanço tecnológico do mundo recente muito importante para a ciência e a tecnologia, assim como para muitas áreas do campo de convivência social. No entanto, ainda é um desafio para não permitirmos a utilização para o cometimento de crimes. É um campo da liberdade, e defendemos a liberdade de expressão, que é um direito nosso, sagrado, mas que não pode servir para crimes”, argumentou.

 

Sá visitou, pessoalmente, os comandos policiais a fim de estreitar a relação protocolar com as tropas e alinhar os fluxos. “O recado foi muito simples: o orgulho de estar presente em um estado tão maravilhoso, tão acolhedor e que tem desafios tão grandes como outros lugares do Brasil. Temos brilhantes profissionais. E preciso agradecer aos servidores de segurança pública e à população em geral. Nessas andanças pelo Estado, para saber quais medidas inicias precisariam ser tomadas, vi como temos um povo acolhedor”, afirmou.

 

A estrutura da pasta foi elogiada pelo Secretário. “Procurei tomar conhecimento, e foi uma constatação muito importante na minha tomada de decisão. Ver a determinação política. A decisão de se investir no campo da segurança pública. Onde eu andei, posso dizer que já andei em muitos aparelhos públicos da segurança pública no Brasil e no exterior. E talvez o Centro Integrado de Segurança Pública daqui se compara aos mais modernos da Europa e dos Estados Unidos. Nós temos a Superintendência de Pesquisa importantíssima, que tem um trabalho científico de avaliação, de pesquisa, de análise criminal que nos abastece. É o nosso farol, coloca luz nos problemas para que nós possamos olhar, reconhecer e atuar. E a academia, que é outra referência no Brasil, essa academia integrada. Mas ali, naquele centro, eu tenho o prédio da Secretaria de Segurança, o Comando Geral da Polícia Militar, a Delegacia Geral da Polícia Civil, e um prédio moderníssimo, que é um prédio inteiro, lindo, grande, bem equipado, só para a inteligência. Eu estive lá conhecendo andar por andar, sala por sala, conversando policial com policial. Cada andar é de uma vinculada de inteligência, sendo que todas têm uma interface muito grande com uma coordenação da inteligência e da segurança pública”, pontuou.

 

Combate ao crime

Roberto Sá também mencionou as causas relativas à ação exercida pelos criminosos. “Cadastro, seleção, protocolos, fluxo da informação. Então, cada recanto do Ceará que tiver uma unidade, policial civil ou militar ou do Corpo de Bombeiros, vai ter um agente reconhecido, cadastrado, selecionado, treinado e apto para fazer fluir uma informação relevante. É um alinhamento, um momento histórico de integração, de uma relação institucional. Entre as forças policiais, mas não só entre elas. Eu vou parafrasear os acadêmicos: ‘é um fato social multicausal’”, considerou.

 

Onde eu andei, posso dizer que já andei em muitos aparelhos públicos da segurança pública no Brasil e no exterior. E talvez o Centro Integrado de Segurança Pública daqui se compara aos mais modernos da Europa e dos Estados Unidos.

 

O gestor ressaltou os fatores para tornar a segurança ainda mais eficaz. “Posso dizer que tem bastante inteligência, tem bastante material humano, mas eu acho que falta nós temos um sistema de busca do dinheiro ilegal que é auferido como núcleo dessa atividade criminosa. Nós temos profissionais brilhantes e já temos um número razoável. Sempre é bom ter mais. Mas essa inteligência, ela precisa de sistemas que os permitam fazer análises de investimentos, lavagem de dinheiro”, analisou.

 

A integração entre os profissionais de segurança foi defendida por Sá. “Geograficamente, por área integrada, circunscrição integrada e região integrada, permite inclusive estabelecer estratégias e medir o resultado. No mundo inteiro, tem até mais de uma polícia, mas elas fazem o chamado ciclo completo. O governador atual (Elmano de Freitas) incentiva muito e fala o tempo todo para nós dessa necessidade da integração (entre as polícias). E mais, não só entre nós, mas com os outros atores do sistema, com o Poder Judiciário local, com as prefeituras. Quando a gente estabelece metas, por exemplo, que é um programa chamada de gestão por resultado na área de segurança pública, e você incentiva, mas também cobra resultados e, além de cobrar resultados, você consegue mapear quem está com recurso suficiente e quem não está. Às vezes, a pessoa não atinge aquelas metas e não te dá o resultado esperado não por falha ou falta de boa vontade de trabalho, mas por recursos insuficientes”, explicou. 

 

Mais policiamento no cotidiano cearense

Sobre o aumento do número de policiais nas ruas, Roberto Sá justificou.  “Eu me especializei em 2017, em Liderança e Gestão Pública, mas eu estudo liderança há 40 anos. Há até um livro maravilhoso, ‘Liderança no Fio da Navalha’. Na liderança, tem que tomar decisões. E nem sempre decisões mais simpáticas, mas decisões que tenham o respaldo técnico. Só que, para você ter um projeto, um programa, uma ideia, você tem que analisar muito bem o aspecto técnico, mas também o aspecto cultural e adaptativo. E a solução para um é totalmente diferente da solução para o outro, a abordagem. É sempre tentar utilizar o que é técnico, o que é normal, praticado no Brasil e no mundo, para dar mais visibilidade à polícia extensiva e dar mais proteção à população. Imagine que, com 30 policiais, em uma determinada área integrada de segurança, em um batalhão, você poderia ter 15 viaturas. Utilizando a três (policiais por automóvel), você vai ter 10 viaturas. Então, você vai ter 5 viaturas a menos para cada turno de 12 horas. São cinco áreas que poderia circular mais para ser vista, gerando sensação de segurança e inibindo a prática do crime. Esse aspecto cultural, que a gente chama de desafio adaptativo, é muito importante e deve ser respeitado. Então, é importante demais que os nossos profissionais de segurança pública saibam o seguinte: a direção, o Governo do Estado, o secretário, o Comando-geral, quer o melhor para eles, se preocupam muito com eles. Se a gente fez esse movimento, é uma demonstração de que se buscava o melhor para a população, respeitando e protegendo o policial, adotando técnicas utilizadas no Brasil e no mundo inteiro”, reiterou.

 

A atuação das facções também foi analisada. “O crime é sempre desafiador em uma sociedade como nossa, que tem esses traços culturais e históricos de tamanha violência e de intolerância, de preconceito. É um problema que a gente tem que, como sociedade, evoluir muito. Mas, hoje, a disputa sangrenta entre eles (das facções) é o nosso maior problema, que envolve taxas de letalidade muito altas e um problema que não é só da polícia, da sociedade como um todo”, ponderou.

 

Roberto Sá finalizou abordando a importância da comunicação entre governos e a sociedade. “É sempre motivo de muita honra se comunicar com a população cearense e ser o mais transparente possível sobre os nossos desafios, esforços, nossas possibilidades de motivação e esperança em um futuro melhor”, concluiu.

Foto: Lino Vieira

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