O renomado designer italiano Giorgio Armani, que acaba de completar 90 anos, continua a brilhar no mundo da moda. Para celebrar quase 50 anos de sua grife, ele realizou um desfile em Nova York e inaugurou um novo edifício de 12 andares na Madison Avenue, em Manhattan.
Apesar de seu status icônico, Armani rejeita o título de “rei” da moda, considerando-o “ridículo” e afirmando que trabalha como qualquer outra pessoa.
Durante a semana de celebrações, ele apresentou 93 looks em seu desfile e inaugurou um espaço que abriga boutiques de roupas e decoração, um restaurante e 10 apartamentos, todos vendidos a partir de US$ 21,5 milhões. Ele mesmo adquiriu uma unidade, que servirá como sua segunda casa em Nova York. “Eu construí um pequeno palácio”, reflete o designer em entrevista ao Wall Street Journal.
Desde a fundação de sua empresa em 1975, Armani tem sido o único acionista, exercendo um controle firme sobre seu império, que gerou mais de US$ 2,6 bilhões em receita em 2023.
Seu trabalho é conhecido por sua “sofisticação contida”, com criações que variam de looks discretos para eventos de gala a jaquetas de couro. Essa consistência atrai clientes, o que se reflete na popularidade de suas peças em lojas e shoppings de luxo ao redor do mundo.
A longevidade de Armani na indústria é atribuída ao seu incansável trabalho. “O trabalho é o melhor remédio”, afirma ao WSJ, creditando sua rotina diária pela sua saúde.
Pensando no futuro da sua empresa, ele incluiu familiares em posições-chave, assegurando que sua visão e valores sejam transmitidos. “A humildade é a lição mais importante que quero passar”, diz, destacando a necessidade de modéstia em um setor frequentemente dominado por egos inflados.
Com uma nova geração de fãs em busca de peças vintage e colaborações com marcas contemporâneas, Armani reconhece a influência da nostalgia em seu trabalho. “Sempre há um toque Armani no que faço, mas sinto que preciso me renovar”, afirma humildemente.