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A Pinacoteca do Ceará realiza o seminário “Aldemir e Bandeira: redesenhos do tempo”. A atividade teve início na última quinta-feira (5) e revisita a vida e a obra dos cearenses Aldemir Martins (1922-2006) e Antonio Bandeira (1922-1967). Os dois artistas estão em cartaz, respectivamente, com as exposições “No lápis da vida não tem borracha” e “Amar se aprende amando”, abertas em 2022, na inauguração do museu, que integra a Rede de Equipamentos e Espaços Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT-CE) e é gerido em parceria com o Instituto Mirante.
Além de três mesas temáticas, a programação do seminário oferece visita mediada com os curadores nas duas exposições e oficina de aquarela. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público, respeitando o limite da capacidade do auditório. Não há inscrição prévia.
Entre as presenças na abertura: o Superintendente da Agência de desenvolvimento da economia do mar de Fortaleza - ADEMFOR, Homero Silva, e o empresário Rodrigo Parente, leia-se Galeria Sculpt.
A programação do seminário iniciou com a “Oficina de Aquarela: Transbordando Cor e Luz”, seguida de visita mediada às exposições em cartaz no espaço com suas respectivas curadoras, Rosely Nakagawa e Waléria Américo. Na sequência, aconteceu a mesa de abertura do evento no Pátio da Pinacoteca, com Mariana Pabst Martins, artista visual, curadora e filha de Aldemir Martins, e Almerinda Lopes, pesquisadora que se debruça em estudar a vida e obra de Antonio Bandeira. A atividade passeia pelos projetos poéticos e as trajetórias dos dois artistas cearenses. A mediação é feita pelo filósofo, artista e pesquisador Carlos Macêdo, assessor de Acervo da Pinacoteca.
Na sexta-feira (6), das 15h às 16h30, acontece a mesa “No lápis da vida não tem borracha”, que discute a relação entre Aldemir Martins e o desenho, investigando a potência da arte capaz de traçar novas possibilidades e ampliar os repertórios. A mesa é composta por Eliene Magalhães, historiadora e pesquisadora em Artes, Rosely Nakagawa e Waléria Américo, curadora e curadora adjunta da exposição dedicada ao artista, respectivamente. A mediação é de Anderson Sousa, professor e pesquisador em História das Artes no Ceará.
No mesmo dia, das 17h às 18h30, acontece a mesa “Amar se aprende amando”, que discute questões sobre a produção artística e o processo criativo de Bandeira a partir das obras presentes na exposição homônima, em cartaz na Pinacoteca do Ceará. Para o tema, participam Bitu Cassundé e Chico Cavalcante Porto, curador e curador adjunto da mostra, respectivamente. Na mesma mesa, a partir do autorretrato de Antonio Bandeira, o pesquisador, curador e jornalista Deri Andrade discute a relação de autorrepresentação em obras de artistas negros/as/es. Essa abordagem reflete sobre os caminhos de “tornar-se artista” no Brasil, ao passo que discute sobre a produção da pintura e da fotografia no contexto da arte afro-brasileira. A mediação é da professora Kadma Marques, pesquisadora no campo das artes.
A exposição “No lápis da vida não tem borracha”, que celebra o centenário de nascimento do artista Aldemir Martins e também é parte da mostra “Bonito pra chover”, fica em cartaz na Pinacoteca do Ceará até o próximo dia 29 de setembro. A exposição reúne 166 obras do artista cearense.