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Bancários do Ceará entram em estado de greve por inclusão da categoria na vacinação contra Covid-19

Bancários permanecem em estado de greve - uma espécie de aviso prévio - e devem decidir possível greve no próximo dia 7

Foto: Divulgação

Após assembleia virtual realizada na última terça-feira, 1º, o sindicato dos bancários do Ceará (Seeb) aprovou, com maioria ampla, o estado de greve  - uma espécie de aviso prévio - da categoria pela inclusão dos trabalhadores no grupo prioritário da vacinação contra Covid-19. 

O estado inicia nesta quarta-feira, 2, às 10 horas, e é seguida de uma manifestação no Banco do Brasil do cruzamento das avenidas Santos Dumont com Desembargador Moreira, na Aldeota. Também na sexta-feira, 4, os bancários devem vestir preto em luto pela exclusão da categoria no grupo prioritário.

Os bancários estiveram nesta terça-feira na Câmara Municipal junto a vereadores e ao presidente da Câmara, Antônio Henrique (PDT). Segundo o vereador, já há um projeto de lei (PL) de sua autoria que pleiteia a inclusão da categoria. Segundo a comunicação do sindicato, os bancários também receberam a informação de que o governador Camilo Santana (PT) está ciente da convocatória e se comprometeu em levar a reivindicação para o consórcio de governadores do Nordeste.

Na próxima segunda-feira, 7, deve ocorrer uma nova assembleia para deliberar as negociações pela vacinação da categoria. Dependendo dos resultados, o sindicato indica que a greve pode iniciar já na terça-feira, 8, por tempo indeterminado. 

“Estamos lutando por algo que não deveria ser necessário, pois as categorias de serviços essenciais eram para ser automaticamente incluídas como prioritárias na vacinação e os serviços bancários foram considerados serviços essenciais durante a pandemia”, é o que indica o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo. Segundo ele, já foram realizadas mais de 40 rodadas de negociação entre o Comando Nacional e os banqueiros desde o início da pandemia.

"Os bancários têm sido serviço essencial desde o início da pandemia. Em média, cada bancário atende em torno de 250 cidadãos todo dia, e esse foco de contaminação não foram solucionados na vacinação do grupo prioritário. Somos serviços prioritários, mas não trabalhadores prioritários. Por isso, nós deflagramos estado de greve e estamos em negociação com a Câmara Municipal, Assembleia, Governo e Prefeitura para que a demanda dos bancários possa ajudar a proteger a vida da população", indica o presidente do sindicato. 

No último dia 27 de maio, os bancários já haviam se mobilizado pela inclusão no Plano Nacional de Imunização (PNI). A entidade também vem há algumas semanas percorrendo corredores bancários de Fortaleza e Região Metropolitana para discutir a importância da inclusão da categoria bancária como prioritária. 

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