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Moradores da Ocupação Carlos Marighella se reúnem com prefeito nesta quinta

Cerca de 85 famílias do bairro Mondubim, junto a movimentos sociais, estão realizando um protesto na sede do PDT em Fortaleza desde esta quarta-feira, 2

Foto: Reprodução

Cerca de 85 famílias do bairro Mondubim, da Ocupação Carlos Marighella, junto a movimentos sociais, estão realizando um protesto na sede do PDT em Fortaleza desde esta quarta-feira, 2. A principal pauta era conseguir uma audiência com o prefeito Roberto Cláudio e o eleito, José Sarto, ambos do partido, para discutir assuntos relacionados à moradia. Segundo nota da assessoria, o Canal de Planejamento e Gestão Habitafor, da Prefeitura, confirmou uma audiência entre o prefeito e as lideranças do movimento nesta quinta, 3, às 11h30min. 

Atualmente residindo em terreno ocupado, as famílias relatam perseguições e ataques por parte da Polícia Militar. Lutando contra ações de despejo, as família esperam anular a ordem marcada para o próximo 11 de dezembro. Segundo nota publicada pelo Instagram oficial da ocupação, as organizações consideram a ordem “ilegal e inconstitucional, pois não se cumpre a Constituição Federal do que diz respeito à função social da terra, já que o terreno se encontra abandonado há mais de 30 anos, sem sequer cercamento”.

“As famílias estão num terreno no Mondubim desde junho, terreno esse que é dito pela empresa AKASA/DIRECIONAL ser dela. Esse terreno não cumpre função social há trinta anos, segundo relatos dos próprios moradores do entorno, que sempre foi um terreno baldio”, explica o jornalista Lima Jr., integrante da Unidade Classista, corrente sindical que apoia a ocupação.

Segundo o jornalista, é a primeira vez que o prefeito irá se reunir com líderes do movimento. Eles já tiveram encontros com o deputado Renato Roseno (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa, e com representantes da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor). 

“A reivindicação é para que a prefeitura solucione a situação, viabilizando terreno da prefeitura para construir as moradias. De lá pra cá o diálogo foi com a secretaria de habitação, o Habitafor. Mas sempre foi evitando essa possibilidade, insistindo no aluguel social, que pra nós não é resolutivo”, ressalta o jornalista, indicando que o medo é que não haja nenhuma cessão de terreno para as famílias.

A Frisson entrou em contasto com a Habitafor, que envio o seguinte posicionamento:

A ocupação Carlos Marighella, no bairro Mondubim, trata-se de um conflito privado mas, mesmo assim, o Município já propôs como sugestão para
equacionar a situação a inclusão das famílias no Programa de Aluguel Social, em que elas permaneceriam até serem assistidas com unidade
habitacional em programa de moradia, após entendimentos com a Caixa Econômica Federal. A situação já vem sendo discutida em várias reuniões,
com a participação da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Estado. Este entendimento, no entanto, não evoluiu por haver discordância por parte das lideranças da ocupação.

A Prefeitura de Fortaleza anunciou, hoje, por meio da Chefia de Gabinete, que as Lideranças serão recebidas pelo prefeito, nesta quinta-feira (3/12), buscando, mais uma vez, solucionar o impasse.

 

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