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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade  a dispensa de um registro para que o Ministério da Saúde possa importar e aplicar as vacinas contra a varíola dos macacos. O Brasil já possui mais de 4 mil casos confirmados da doença. No Ceará, são 47 confirmações e 228 suspeitas. 

A aprovação da Anvisa se aplica às vacinas Jynneos (EUA) ou Imvanex (EMA), imunizantes contra a monkeypox e varíola. Ambas são o mesmo produto, mas possuem nomes diferentes nos EUA e Europa. As vacinas serão destinadas a adultos a partir de 18 anos. 

Na mesma sessão, a Anvisa também autorizou a dispensa de registro para a importação e uso do medicamento Tecovirimat, que se destina ao tratamento também da varíola dos macacos. 

O Brasil deverá receber as primeiras 50 mil doses da vacina em setembro. A remessa foi negociada com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), que vem distribuindo o imunizante pelos países da América Latina. A vacinação deverá iniciar com grupos prioritários, como profissionais da saúde e pessoas próximas a infectados. A Organização Mundial da Saúde, entretanto, não orienta a vacinação em massa até o momento. 

Para a decisão, a Anvisa indica que analisou o relatório de avaliação da agência estadunidense Food and Drug Administration (FDA), da Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA) e da agência do Reino Unido (National Health Service – NHS). Ainda, usou como base a bula da vacina, rotulagem e demais documentos apresentados pelo Ministério da Saúde.

O vírus Monkeypox é similar à varíola comum, erradicada em 1980, mas causa sintomas menos graves. Entre os principais sintomas, estão lesões de pele, dor de cabeça, febre, dor no corpo e fraqueza. A transmissão ocorre por meio do contato com as lesões na pele, por secreções respiratórias ou objetos pessoais contaminados.

Apesar do surto atual, a varíola dos macacos foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970.