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Profissionais da Saúde são flagrados usando roupas de trabalho em locais públicos

A prática vai contra instruções de instituições, como o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), a Anvisa, a OMS e outras instituições de saúde

Foto: Reprodução

Denúncias e gravações obtidas pela TV Cidade nesta semana mostraram alguns médicos e enfermeiros usando jalecos, pijamas cirúrgicos e outras vestimentas de biossegurança fora do ambiente do trabalho, em ambientes públicos. A prática vai contra instruções de instituições, como o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outras instituições de saúde, e pode representar riscos em relação à transmissão do novo coronavírus - além de outras doenças.

Em um parecer emitido pelo Cremec em 2014, foi instruído que o jaleco é considerado um Equipamento de Proteção Individual (EPI) e que tem como objetivo resguardar profissionais e pacientes. Por ser utilizado em ambientes hospitalares, não podem ser expostos a locais públicos.

Sobre o assunto, o presidente do Cremec, Dr. Helvécio Neves Feitosa, resgatou o parecer de Nº 16 de 2014 que recomenda a não utilização do jaleco fora do ambiente de trabalho. 

Ainda, a Portaria 485, de 11 de novembro de 2005, do Ministério do Trabalho e Emprego, aprova norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que determina que "trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais".

A prática também não é recomendada pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren). “É muito importante que o profissional não circule com jalecos ou roupas cirúrgicas em locais que não seja no ambiente hospitalar. Transitar na rua, nem pensar(...). É importante porque a gente garante que esses equipamentos que a gente usa no dia a dia não se tornem vetores do novo coronavírus”, declarou para a TV Cidade a presidente do Coren, Ana Paula Brandão. 

Sobre o assunto e as gravações, a Frisson entrou em contato com a Secretaria de Saúde para saber como o Estado se posiciona e quais medidas de conscientização são realizadas, mas até a publicação dessa matéria, não havia obtido resposta.

 

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