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Bispo Dom Mol se recusa dar comunhão a jovem ajoelhada

Após polêmica, o religioso emite nota, mas não convence.

Atitude de Dom Mol repercutiu de forma muito negativa

No último sábado, 5 de agosto, a Paróquia Santa Estrela da Manhã testemunhou um episódio constrangedor protagonizado pelo Bispo católico Joaquim Mol, que gerou um alvoroço nas redes sociais e na comunidade religiosa. Durante a celebração da Missa, um momento sagrado para os fiéis, uma jovem crismanda ajoelhou-se para receber a comunhão, porém, foi surpreendida pela recusa do bispo em oferecer-lhe o corpo e o sangue de Cristo na boca.

Um trecho da filmagem que capturou o incidente rapidamente se tornou viral, levantando discussões a respeito do respeito às tradições e à liberdade religiosa dos fiéis. No vídeo, é possível observar o bispo fazendo duas exortações à jovem, enquanto ela permanece no local, aparentemente confusa e desolada. O bispo, por sua vez, decide interromper a distribuição da comunhão até que a crismanda seja convencida por outros fiéis a se levantar.

De acordo com o direito dos fiéis, é assegurada a faculdade de receber a Eucaristia de joelhos e na boca, uma prática profundamente enraizada na tradição católica. No entanto, o Bispo Joaquim Mol optou por impor sua própria interpretação, o que gerou intensa controvérsia. Em sua tentativa de explicação, o religioso alegou que a atitude se deu em decorrência de um "escrúpulo pandêmico".

Em uma nota emitida após a repercussão negativa, o bispo auxiliar de Belo Horizonte, com 17 anos de serviço, explicou sua decisão de forma um tanto defensiva. Ele alegou que, antes de iniciar a comunhão, orientou os presentes sobre a forma como seria realizada, justificando que, desde o início da pandemia, evita distribuir a comunhão na boca por uma questão de respeito e cuidado com a saúde dos fiéis.

No entanto, para os críticos da atitude do bispo, sua explicação não convenceu. Afirmam que o episódio revela uma falta de sensibilidade para com a devoção e a liberdade religiosa dos fiéis, além de questionarem a legitimidade de impor restrições que não estejam alinhadas com a tradição e os valores da Igreja Católica.

Independentemente das justificativas apresentadas, o ocorrido ressalta a importância do diálogo aberto e respeitoso entre as autoridades religiosas e os fiéis, a fim de garantir que os rituais sagrados sejam realizados com a devida reverência e em conformidade com as crenças e práticas individuais.

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