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No dia 18 de janeiro de 2021, o Ceará aplicava a primeira vacina contra Covid-19 do Estado na técnica de enfermagem Maria Silvana Souza dos Reis, 53 anos. Trabalhadora da linha de frente na luta contra a pandemia, no Hospital Leonardo da Vinci (HELV), Silvana foi uma das 7 milhões de pessoas do Ceará que tomaram a vacina da primeira dose contra a Covid-19.
“Eu estava na hora do meu lanche quando me ligaram avisando e eu não acreditei. Acabei desligando [o telefonema] na cara da pessoa, que depois me retornou e, junto com a minha coordenadora, me disse que era verdade. A felicidade não cabia em mim, porque eu ia ser a primeira pessoa a tomar a vacina contra a Covid-19”, lembra a profissional, em nota enviada para a imprensa pelo Governo do Estado.
Além dela, outros quatro profissionais de saúde do Hospital Leonardo da Vinci e um indígena também foram vacinados nesta segunda-feira, 18. Foram eles: Maria de Jesus de Oliveira Lima, 56, serviços gerais; Francisco Adailton Alencar Braga, 55 anos, médico de intensivista; Cristine Aparecida da Cunha, 39 anos, fisioterapeuta; e Regiane Sousa Torres, 34 anos, enfermeira.
O primeiro lote contra a Covid-19 desembarcou com 218 mil doses, no Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins, um dia após o início da imunização do Brasil. Na época, apenas idosos institucionalizados e profissionais da linha de frente faziam parte do grupo apto a receber a vacina.
Até a última quinta-feira (13), conforme dados do Vacinômetro da Sesa, mais de 6,4 milhões de pessoas completaram o esquema vacinal com duas doses e mais de 1,5 milhão receberam a dose de reforço.
Completando exatamente um ano de vacinação nesta terça-feira, 18, o Estado já aplicou mais de 15,2 milhões de doses, entre CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen. Os dados são do vacinômetro da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e foram atualizados no último domingo, 16. Destes, 7 milhões foram para a primeira dose, 6,4 milhões para segunda e 178 mil para a vacina de dose única.
Atualmente em nova fase da vacinação, o Ceará busca vacinar crianças entre 5 e 11 anos e atrair novamente as pessoas para os centros de vacinação para a dose de reforço. No total, apenas 23,05% das pessoas que receberam a primeira dose já tomaram a terceira dose.
Ao mesmo tempo em que lida com a vacinação, o Estado, assim como todo o Brasil, passa pelo começo de uma possível nova onda de Covid causada pela variante ômicron. Junto a isso, soma-se o aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave causado pela epidemia de Influenza.
Os casos foram responsáveis por regressos dos decretos estaduais, que diminuíram a capacidade de eventos e estádios de futebol, tentando conter a disseminação da nova cepa. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos da UTI está em 88,2%, enquanto a da enfermaria está em 74,51%.