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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 19, a segunda fase da Operação KM Livre, cumprindo 27 mandados de busca e apreensão em Fortaleza, Russas, Caucaia, Mossoró (RN) e Rio de Janeiro (RJ).
Segundo a PF, houve também a prisão em flagrante de um ex-deputado que não teve o nome divulgado. Quando questionada sobre o nome do deputado, a assessoria respondeu que a ”PF não informa nomes”. A operação é decorrente de investigação de um inquérito policial para apurar fraudes na locação de veículos nas chamadas empresas “laranjas”, com desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. A atuação seria de grupo liderado pelo ex-deputado estadual e federal do Ceará.
A primeira fase da operação ocorreu em 2016. No ano, a Polícia apreendeu mais de cinco milhões e novecentos mil reais em dinheiro em empresa, também no Bairro de Fátima. O investigado foi o ex-deputado Adail Carneiro (PSB).
O esquema teria movimentado cerca de R$ 600 milhões nos últimos 20 anos em administrações da Prefeitura de Fortaleza, segundo o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da PF, Alan Robson Alexandrino.
“Essa segunda fase é precisamente para a gente identificar eventual participação de agentes públicos nessa fraude, que perpassou diferentes gestões da Prefeitura Municipal de Fortaleza”. O delegado indicou fraudes na gestão da prefeita Luizianne Lins (PT), que governou entre 2005 e 2012, e da gestão atual, do prefeito Roberto Cláudio (PDT).
Nesta quinta, foram apreendidos um total de R$ 1.988.635 em dinheiro, ouro, celulares e documentos em empresa, que também não teve seu nome divulgado, no bairro de Fátima.
Segundo nota enviada pela assessoria da PF para a imprensa, a “organização criminosa atua há cerca de vinte anos e, desde então, tem obtido consecutivos e progressivos êxitos nas empreitadas criminosas, gerando lucros ilícitos. A Polícia Federal continua a investigação, com análise do material apreendido na Operação Km Livre – 2º fase, com o fim de detalhar a atuação de cada investigado na organização criminosa”.