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CEO da Advance, Eliziane Colares fala sobre trajetória na comunicação e estilos de liderança

Eliziane, que também atua como colunista em jornal de Fortaleza, conversou com a Frisson sobre seu estilo de liderança e objetivos como CEO

Foto: Lino Vieira

Graduada em economia, mas comunicadora por profissão e vocação, Eliziane Colares é fundadora da Advance Comunicação, agência de marketing digital e publicidade e propaganda de Fortaleza, mas que já expandiu os horizontes para São Paulo. Com experiência em negócios por ter trabalhado no Banco do Nordeste, a CEO traz um olhar mercadológico para os clientes, mas ao mesmo tempo humanitário, buscando qualidade e inovação.

Eliziane, que também atua como colunista em jornal de Fortaleza, conversou com a Frisson sobre seu estilo de liderança e objetivos como CEO, destacando detalhes de sua trajetória tanto na economia quanto na comunicação. Confira a entrevista: 

Frisson: Eliziane, você primeiramente se formou em economia. Chegou a atuar na área? Se sim, pode falar mais?

Eliziane Colares: Minha graduação em Economia foi fundamental para ampliar minha visão sobre mercado e sua integração com as políticas públicas, com os movimentos das economias de outros países etc. Na época, trabalhava no Banco do Nordeste e fazia muito sentido esse conhecimento. Mas, trazendo para o universo das estratégias de marcas, isso interfere fortemente nos resultados das campanhas e devemos considerar cenários econômicos e modelos econométricos na hora de desenhar estratégias.  

Frisson: Sua pós-graduação já foi na área de comunicação. O que te levou a mudar de direção? 

Eliziane Colares: Na época da minha graduação, ainda não existia nenhum curso de publicidade no Ceará. Embora atuei em várias frentes da atividade bancária, minha principal passagem pelo Banco do Nordeste se deu nas áreas de assessoria de comunicação, planejamento e marketing. Então, mesmo tendo participado de muitos cursos e eventos da área de comunicação pelo Banco do Nordeste, senti a necessidade de trazer mais conhecimento teórico da área de comunicação, marketing e publicidade. Então fiz uma pós em Teorias da Comunicação pela UFC e depois outra pós em Marketing e Propaganda, na Unifor.

Frisson: Pode relembrar sua carreira na comunicação, primeiros trabalhos etc?

Eliziane Colares: A passagem pelo Banco do Nordeste foi uma grande escola. Ter a visão do lado do anunciante contribuiu muito para construir uma visão sobre como uma agência de publicidade pode contribuir de forma efetiva para o sucesso do cliente. O primeiro grande cliente da Advance foi a Rabelo. Uma conta de varejo muito intensa e que trouxe muito aprendizado. Vivenciamos a alma do varejo e colocamos no ar campanhas de muito sucesso, com pegada bem divertida e agressiva, como os saldões, Natal , além das ativações de vendas no dia a dia. Temos muitas boas histórias pra contar dessa época.

Frisson: Você é hoje CEO da Advance Comunicação. Pode falar sua história na empresa?

Eliziane Colares: Fundei a Advance em 1995 com a ideia de trazer uma solução bem completa. O anunciante e seu time de marketing devem estar focados na construção de estratégias alinhadas com os objetivos do negócio e na operação interna para engajar toda a empresa para a entrega das promessas da marca. Ser atendido por uma agência que consiga entregar as soluções de comunicação integradas em várias disciplinas libera o time de marketing para as questões mais estratégicas, diminui o desperdício de tempo e energia com contatos com vários fornecedores e garante resultados mais efetivos para a empresa. A partir dessa proposta, a Advance cresceu de forma orgânica e incorporou novas expertises e parceiros para se tornar uma provedora de soluções 360, one stop shop. Fomos uma das primeiras agências full service a investir em soluções digitais e hoje temos um braço digital completo, com vários especialistas que atuam de forma integrada. Fazemos parte do seleto grupo de agências Google Partner Premier, além de sermos também parceiras Meta e Tik Tok

Frisson: Quais vem sendo os seus objetivos como CEO?

Eliziane Colares: Faz pouco tempo que saímos de uma pandemia que desestabilizou muitos segmentos. Há uma busca intensa por recuperação de receitas perdidas, crescimento, inovação e transformação digital. Nossos objetivos passam por articular nossas lideranças e nossos squads para dar suporte aos nossos clientes para esse novo momento. Estamos cada vez mais imersos nos mercados de atuação de cada cliente, incorporando expertises do universo de growth e monitorando métricas para saber o que realmente mexe no resultado de cada negócio. Nossos objetivos passam por construir algo que vai muito além de uma agência de publicidade que cria campanhas. Essa sofisticação exige uma busca de conhecimento permanente e uma capacidade de organizar modelos ágeis, para uma operação com o mínimo de atritos e desperdício de energia.  

Frisson: Em 2022, em um ano pós-pandemia e onde conceitos como "quiet quitting" vêm surgindo, que tipo de liderança você deseja atingir?

Eliziane Colares: Estamos investindo muita energia na busca desse equilíbrio para a vida de todos que trabalham com a gente. Continuamos trabalhando no modelo híbrido e criamos uma política para isso, com regras claras para garantir a qualidade das nossas entregas. Não queremos que as pessoas que trabalham conosco sintam o trabalho como um peso desgastante. Então, nossas lideranças são estimuladas a acompanhar de perto o humor do time e a felicidade no trabalho. Temos ferramentas para medir isso em cada área. Também investimos num clima de muita amizade e afeto nas relações dentro da empresa. Há momentos mais tensos quando surge um problema? Sim. Mas estimulamos o diálogo, a serenidade e o amadurecimento profissional de todos do time.

Frisson: Você é colunista, onde fala sobre diversos temas, não só de comunicação. Pode falar um pouco sobre a escolha dos temas?

Eliziane Colares: Quando fui convidada pelo jornal O Povo para escrever artigos, resolvi não utilizar esse espaço de forma oportunista para me promover. Eu preferi buscar um caminho de reflexão sobre os problemas mais latentes que nossa sociedade vem vivendo. Com isso, provoco em mim mesma a saída da bolha da publicidade e um olhar mais amplo sobre os movimentos da sociedade. Espero assim caminhar para uma evolução como cidadã com um olhar crítico da nossa realidade, com insights de caminhos para uma sociedade melhor para todos. Na prática, esses momentos acabam contribuindo muito para o trabalho que faço na Advance, porque tenho que estudar muito sobre os movimentos da economia, as tendências sociais, o comportamento das pessoas, mapear nichos, mergulhar em pesquisas etc. Essa avalanche de informações gera muita massa crítica para pensar como cada marca pode ser mais relevante para a vida das pessoas e como a minha atuação enquanto líder, mulher e empresária também pode gerar mais impactos positivos para a sociedade.

 

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