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Graduado em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará, o empresário Maurício Filizola já atuou em diversos sindicatos e confederações. Primeiro vice-presidente do Sistema Fecomércio do Ceará desde 2018, o executivo tem pautado sua gestão com valores humanos, exercendo um estilo próprio de liderança, além de gerir em paralelo sua própria farmacêutica.
Em diálogo contínuo com a sociedade, Maurício conversou com a Frisson sobre seus objetivos e expectativas. Confira a entrevista:
Frisson: O senhor é formado em Farmácia, mas pouco depois de sua formatura já se encaminhou para a indústria e o empresariado. O que motivou essa mudança de área?
Maurício Filizola: Sou farmacêutico com especialização em Indústria, mas sempre atuei no varejo (farmácia) e no atacado farmacêutico (distribuição). Quanto a atuação empresarial, veio pela veia do comércio que atuo desde muito cedo. Gosto de gente e de me relacionar e esta é a essência do comércio, conexão! Quanto a área específica da indústria a minha relação não é de trabalho, mas sim de interação e Contatos com muitas indústrias e todo o corpo de CEOs destas, onde estas conexões nos trouxeram a parcerias para fabricação de muitas marcas para nossa própria rede de varejo, marcas próprias: exemplos: Propor Verde Imune, Zynavit, minacal, minacaf, hoje mais de 20 marcas registradas e fabricadas.
Frisson: Como a sua formação em Farmácia dialoga com sua atuação como empresário?
Maurício Filizola: Este diálogo entre o farmacêutico e o empresário é muito natural e harmônico. Pratico isto a todo momento e sem conflitos, afinal buscamos atender com nossa atuação às necessidades dos clientes. O meu diálogo com a área empresarial é muito próximo. O destaque que temos na farmácia exercita também para que vários outros farmacêuticos possam integrar também sua atuação na farmácia. O sonho do farmacêutico é ter sua farmácia, e temos esse diálogo para incentivar justamente a entrada de mais profissionais dentro da área, sendo empresários e donos do seu próprio negócio.
Frisson: O senhor já foi líder sindical, possui uma distribuidora de medicamentos… Pode explicar sua trajetória?
Maurício Filizola: Iniciei minha trajetória sindical no Sincofarma em 1997, onde um ano depois assumi a presidência até 2010. Nossa distribuidora foi fundada em 2003 e estou no varejo farmacêutico desde 1986, ou seja, completando 35 anos. Começou com a marca Filizola, mas depois para registrar a patente, não conseguimos mais o nome, e tomei a decisão de encontrar um novo nome. Fizemos uma pesquisa de mercado e o sugerido foi esse, a Santa Branca.
A distribuidora, a Santa Branca Distribuidora de Medicamentos, é da linha hospitalar de venda de medicamentos e licitações públicas, em especial pregões eletrônicos, no qual nós participamos e concorremos com indústrias, farmacêuticas e outras distribuidoras. Nossas vendas são direcionadas ao governo. Essa é nossa atuação. Vendemos também a hospitais privados de todo o Estado, como também home cares. Temos várias representações de indústrias nacionais.
Frisson: Como o senhor chegou na Fecomércio e qual foi o processo até seu cargo atual?
Maurício Filizola: Na Federação exerci o cargo de Diretor Tesoureiro através de um convite do Presidente Gastão, no período de 2006 a 2010. Fui novamente convidado em 2014, para o cargo de vice-presidente cujo mandato foi de 2014/2018. Em 2018, mais uma vez como vice-presidente, com a ida do Presidente Gastão a vice presidência administrativa da CNC e seu licenciamento, assumi a presidência do Sistema Fecomércio Ceará.
Frisson: Como presidente da Federação, quais seus objetivos e projetos?
Maurício Filizola: Estive na presidência até o dia 13/05/2021, e por estes 3 anos, busquei no meu trabalho e com apoio de todos os 34 sindicatos filiados, aproximar a instituição dos empresários, da sociedade e de muitas outras instituições e governos!
nosso principal objetivo de gestão é a defesa das empresas do comércio de bens serviços e turismo, ampla representatividade e respeito ao ambiente empresarial.
Frisson: Você já está no cargo há mais de dois anos. Quais foram seus focos e conquistas nesses anos?
Maurício Filizola: Aproximação da instituição dos empresários e elevação da imagem junto as empresas, defesa do comércio e diálogo com Os governos, principalmente diante de tantos desafios desta pandemia. Ampliação das ações do Sesc e Senac no Ceará. Estamos inaugurando a Faculdade Senac. Inauguração do Senac Riomar, Senac Reference.
Amplitude das ações do Sesc nas áreas da educação, aumentando o número de alunos; na cultura: ampliação da mostra Sesc e os museus orgânicos; saúde: plataforma de teleatendimento, e digitalizado do atendimento aos usuários; lazer: ampliação do futsal Sesc a vários municípios. Assistência: ampliação das parcerias do Mesa Brasil. No Sesc e Senac, requalificação das unidades fixas e móveis, atualizando as estruturas e ampliando os serviços à população. Diante da pandemia, fomos a instituição que mais apoiou os artistas.
Frisson: Como é a relação da Fecomércio com sindicatos?
Maurício Filizola: A relação da Fecomércio com os sindicatos é harmoniosa e sempre incentivando as ações deste para a defesa e representatividade das empresas, dando os apoios necessários.
Frisson: Com a pandemia, quais foram as maiores dificuldades da gestão da Federação?
Maurício Filizola: Desafios são pertinentes aos nossos momentos e a dificuldade maior foi a luta pela abertura plena do comércio, pois tivemos que exercitar a paciência ao dialogar com as diversas instituições que tinha e tem O poder de decisões.
Frisson: Ainda, com a pandemia, quais foram as principais consequências para o comércio?
Maurício Filizola: O comércio sofreu muito com as paradas exigidas pelos decretos e as consequências foram o enfraquecimento do comércio com repercussão nos empresas e manutenção das empresas. Muitas também com as dificuldades se reinventaram e encontraram outras saídas para atender seus clientes!
Frisson: Como é a sua previsão dos setores em um momento pós-pandemia? E consegue já visualizar esse futuro?
Maurício Filizola: A pandemia também trouxe muitos aprendizados, e que se tornaram mais presentes na gestão das empresas, houve um avanço na digitalização e isto sendo bem aplicado trará novas oportunidades. Os principais aprendizados eu vejo que foram coletivos, ou seja, a cooperação entre as pessoas. Vi esse despertar, principalmente na área social, e o Brasil estava precisando disso. Digo aprendizados para ocomércio porque fez muitos projetos engavetados ou em uma velocidade mais lenta, com a questão da digitalização. O impedimento das pessoas buscarem seus produtos nas lojas físicas, fez com que o empresário buscasse atender a essas demandas, então isso aconteceu com a criação de plataformas, as redes sociais ficaram mais ativas.... O próprio consumidor busca o produto e serviço onde ele necessita. O Brasil despertou para isso.
Frisson: Quais são os planos futuros da Fecomércio para o Ceará?
Maurício Filizola: Muitos, seguir defendendo as empresas do comércio de bens, serviços e turismo, e continuar a atuação de uma representatividade pautada no presente, com ações responsáveis para trazer as inovações que são necessárias para o fortalecimento de todas as empresas e continuar a servir a sociedade pelos braços sociais e de formação do Sistema. Juntos somos mais fortes