Edney Cunha e Nanda Lisiêux são os locutores de um dos programas de sucesso da Cidade 99.1, o Conexão 99. Juntos, eles levam alegria, leveza e informação aos lares e ouvintes da cidade. E sobre os atrativos para toda a sua audiência, a dupla ressalta o seu bom humor e interatividade real. "Acho que a nossa sinceridade e a forma que deixamos o público tão à vontade para abrir seu dia a dia e dividir suas opiniões e histórias com a gente. Costumamos dizer que não somos humoristas, somos bem humorados, de bem com a vida. Além da nossa essência, também trazemos muitas informações quentes, atuais e acho que isso desperta. Todo mundo busca por informações o tempo todo e o Conexão colabora muito com isso", completou Nanda.
E em entrevista que você pode conferir abaixo, Edney e Nanda falam um pouco sobre a sua história, o programa, parceria e sonhos.
Como nasceu o interesse de vocês pela atuação profissional no rádio?
Nanda: Meus pais sempre motivaram dentro de casa o hábito de ouvir música. Eu chorei no dia que a minha mãe comprou uma vitrolinha. Eu chegava correndo do colégio pra ouvir os discos deitada no chão geladinho. Eu já brincava de ser locutora nessa época. Meu pai, Antônio Tarciso, foi radialista, sempre gostou dessa área da comunicação e eu fui imediatamente contagiada. Sempre gostei de ouvir música, de comprar discos e Cd´s para colecionar (na época). Em 2005, entrei uma webrádio e me apaixonei completamente! Na faculdade de publicidade, fiz todas as disciplinas possíveis que abordassem o universo rádio. Porém, foi fazendo rádio na internet que me abriu grandes oportunidades: conheci gente do mundo todo, trabalhei em uma rádio de Miami como locutora e produtora, produzindo conteúdo sobre tecnologia. Levando informação do Brasil para os americanos. Também trabalhei por 10 anos em uma outra rádio na web e isso me fez aprender muita coisa até chegar ao rádio FM.
Edney: Sempre gostei da comunicação. Ouvia o programa Pânico todos os dias e achava aquele formato muito legal. Ficava brincando em casa com minha família de entrevistar kkkkk caso surgisse uma oportunidade, já estaria pronto.
Contem um pouco das suas trajetórias até iniciarem na Rádio Cidade.
Nanda: Antes da Cidade 99.1, passei pela Fortal FM, foi meu primeiro contato com rádio FM e lá eu me encantei, pois a rádio falava muito a minha linguagem. Éramos revolucionários, pensávamos em tecnologia alinhando ao rádio o tempo todo. Fomos a primeira emissora a fazer transmissão, ao vivo, via Twitcam de nosso estúdio. Fomos os primeiros a utilizar o Twitter. A Tecnologia, música, novas tendências e a emoção sempre estiveram e seguem junto comigo, no meu DNA. Essa oportunidade me fez crescer e me aprimorar como publicitária, me deixando mais criativa e comprovando que o rádio será sempre um dos meios de comunicação mais imediatos e vivos de todos os tempos. Antes do rádio FM, aprendi muito fazendo parte e depois montando e prestando consultoria sobre criação de rádios na web para grandes marcas (UOL, IG, Oi).
Edney: Comecei nas redes sociais em 2008, onde ninguém dava muita bola para Twitter, Myspace, Orkut e Facebook... Lá consegui me destacar bombando alguns perfis de comédia como o Moça Complicada com quase 1 milhão de seguidores. Sempre tive vontade de trabalhar na televisão, mas não sabia como. Gostava de visitar as emissoras no horário do almoço no meu antigo emprego de panfletista e ficava circulando nas recepções para tentar fazer amizade com alguém importante que me desse a oportunidade de levar minhas ideias. Até que em 2013 um humorista local cansou da minha perturbação diária e me deu a chance de mostrar algumas coisas. Daí surgiu o “internet falando”, que ajudou inclusive muitos youtubers que estavam começando a se projetar, já que naquela época a internet ainda não tinha um norte. Whindersson Nunes, Bráulio Bessa, Suricate Seboso e muitos outros tiveram suas primeiras entrevistas na televisão comigo nesse quadro. Com o sucesso do quadro, surgiu a oportunidade de representar o Brasil na maior premiação das redes sociais do mundo, o SHORTY AWARDS. Eu, Whindersson Nunes e o Porta dos Fundos éramos os brasileiros na final em suas devidas categorias. Mas infelizmente não consegui viajar para receber o prêmio.
Como surgiu a oportunidade de apresentarem o Conexão 99 juntos?
Nanda: O Conexão 99 tem 6 anos de vida. Eu cheguei primeiro, dividia o horário com outro apresentador que naquele horário estava envolvido em outro projeto, mas o Conexão 99 foi desenhado por mim. Eu fazia a participação e movimentava o público, aquecia e trazia a interatividade através de enquetes temáticas e o debate que se estendia com o uso do Whatsapp. Depois, eu passei a ser âncora do projeto e precisava de um novo parceiro para seguir em frente e foi aí que o Edney Cunha entrou na minha vida. O Ed já tinha sido entrevistado pelo programa e a sua atuação me impressionou. Quando surgiu a vaga, eu lembrei imediatamente do nome dele. Não existia pessoa melhor para integrar o Conexão 99. O Ed também é apresentador de TV, conectado, ama música, está sempre por dentro de tudo, é um cara inquieto e coloca muita emoção em tudo. Ou seja, química perfeita, paixão nacional. Meu amuleto da sorte, meu sorvete de flocos.
Edney: Fui convidado para ser entrevistado no Conexão 99 para falar um pouco dessa premiação que eu iria disputar nos Estados Unidos. O bate-papo foi muito divertido com Nanda Lisiêux e Anderson Marçal, que foi a dupla inicial do projeto. Era a minha primeira entrevista em rádio e eu estava realizando meu sonho de criança. Era uma mistura de felicidade e nervosismo, mas consegui me sair bem. Algumas semanas depois recebi uma ligação da Nanda Lisiêux para continuar o projeto Conexão 99. Morri, mas passei bem com a notícia hahahaha.
Quais as vantagens e desvantagens de apresentar um programa em dupla?
Nanda: Eu e o Edney Cunha além de locutores somos AMIGOS de verdade. Dentro e fora do programa é possível nos encontrar juntos. A nossa afinidade é muito perfeita. A gente divide tudo o tempo, estamos sempre conversando, debatendo, trocando informações e nos enriquecendo como pessoas e profissionais. Eu e o Ed ouvimos muito do nosso público na rua a seguinte coisa “Vocês dois parecem que estão na minha casa, batendo um papo sincero, divertido e inteligente, sem frescura, com a linguagem fácil”. É isso! É justamente desse jeito que queremos ser para o nosso ouvinte. Tudo isso com respeito e credibilidade.
Edney: Na teoria, apresentar um programa em dupla deveria ser complicado. São duas pessoas, duas ideias, dois pensamentos... Mas, na prática, é completamente diferente. Cada um se ajuda nas pautas do programa, cada um se respeita bastante no seu momento de fala, ambos têm o seu brilho que faz com que o programa seja querido entre a galera.
O Conexão 99 é sucesso de audiência e um dos queridinhos da programação da Cidade 99.1. O que vocês acreditam ser o atrativo do programa?
Nanda: A nossa verdade! Acho que a nossa sinceridade e a forma que deixamos o público tão à vontade para abrir seu dia a dia e dividir suas opiniões e histórias com a gente. Costumamos dizer que não somos humoristas, somos bem humorados, de bem com a vida. Além da nossa essência, também trazemos muitas informações quentes, atuais e acho que isso desperta. Todo mundo busca por informações o tempo todo e o Conexão colabora muito com isso.
Edney: Falamos a língua do povo, brincamos com situações que todos nós já passamos. Alguém sempre vai se identificar com alguma fala. Estamos sempre atualizados em relação à música, notícias em real time e interatividade. Juntando tudo isso ao nosso bom humor, acredito que esteja aí a fórmula.
Fotos: Lino Vieira
O programa foi o primeiro do Brasil a usar o WhatsApp como meio de interatividade. Como surgiu a ideia dessa inovação e qual a repercussão?
Nanda: Recebi o convite para trabalhar na Rádio Cidade por justamente trazer na bagagem essa linguagem mais conectada, mais rápida e atual. Na época, era um período em que a emissora estava buscando essa virada para o horário da noite, cuja audiência não ia bem. Sendo assim, recebi o desafio e desenhei o Conexão 99. Pensei em um programa que fizesse o ouvinte se sentir parte do horário de verdade. Observei que o aplicativo Whatsapp estava começando a explodir no Brasil e que nenhum meio de comunicação tinha adotado a plataforma para o rádio. Fomos pioneiros e chamamos a atenção de muita gente, inspiramos muita gente a percorrer o mesmo caminho. Muitas rádios sentiram a necessidade dessa interação aproximada, fast e divertida. E isso me deixa orgulhosa em saber que o projeto deu certo e cumpre seu papel até hoje. Conseguimos alinhar tendência, objetividade e praticidade.
Nanda, além da Rádio, você trabalha com marketing digital e mídias sociais, que representam o que há de mais atual na área da comunicação. O rádio é um dos mais antigos meios de comunicação. Como é trabalhar com cada um deles e o que te fascina em suas propostas?
Nanda: O que me fascina é a rapidez da informação que pode agregar, ajudar, influenciar, orientar e divertir. Acima de tudo isso, precisa haver a verdade, credibilidade, muito estudo e muita responsabilidade com o conteúdo, seja para o campo digital, seja para o campo radiofônico. O rádio nunca vai morrer, isso é fato. O rádio simplesmente mantem muito bem um “relacionamento sério” com qualquer tendência que venha a existir e isso me deixa muito feliz e motivada. O marketing digital e as redes sociais trazem e cumprem esse papel do imediatismo, o que casa perfeitamente com o rádio. Trabalhar com todos esses meios de comunicação me enriquece diariamente, aprendo muito, amplia minha mente, meu vocabulário, minhas estratégias e nada foge do contexto.
Edney, você tem uma história de superação e realização de sonhos até chegar a trabalhar na televisão e na rádio. Mas iniciou com o sucesso obtido no Twitter e entrevistas na internet. Fala um pouco da tua experiência em cada um desses meios de comunicação e como é trabalhar com eles.
Edney: Nos dias de hoje trabalhar com internet é muito tranquilo. As pessoas já conhecem como funciona, se espelham em nomes de sucesso. Comercialmente falando, é mais tranquilo de se trabalhar. O problema é você voltar lá em 2009 e chegar pra galera falando que tinha virado youtuber, blogueiro ou que vive de internet. As pessoas riam, existia muito preconceito, porque ninguém acreditava no trabalh. Não sabiam a mina de ouro que aquilo podia virar futuramente. Muita gente desistiu por falta de apoio. Graças a Deus que me deu muita força de vontade, continuei e hoje estou colhendo os frutos.
Como definem a importância do Conexão99 para a nossa sociedade?
Nanda: O Conexão 99 acontece no horário da noite, de segunda a sexta, das 20 às 22 horas e a nossa filosofia sempre foi espalhar o bem, as boas notíciais, a leveza, depois de um dia cheio de trabalho, rotina. Queremos que o nosso ouvinte se sinta bem, tranquilo e que tire pelo menos 2 horas do dia para dar risada, aprender novas coisas e esquecer dos problemas da vida.
Edney: Todos nós temos problemas. Todos nós já tivemos aquele momento de tristeza que não podia contar com ninguém pra receber aquela injeção de ânimo. Hoje, o Conexão 99 tem esse papel, de um programa bem humorado que tem a missão de levar alegria para essa galera que está precisando.
E durante essa pandemia, qual consideram ser a importância do programa?
Nanda: Nossa proposta é mostrar o lado leve, o lado bom da vida, o otimismo e claro, a utilidade pública, a verdade dos fatos, sem fake news. Evitamos ao máximo trazer notícias ou fatos pesados. Estamos prontos para acolher e ser a melhor companhia em todos os momentos.
Edney: Recebemos algumas mensagens de pessoas que perderam seus empregos, que estavam passando por situação delicada e usavam o Conexão 99 pra esquecer os problemas.
Quais são os principais obstáculos de atuar como locutor? E o que vocês fazem para superá-los?
Nanda: Eu costumo dizer que o locutor é um integrante tão cheio de sentimento, ele precisa sempre passar emoção e alegria, mas pare pra pensar e perceba que o locutor faz tudo isso, mas está sempre sozinho no estúdio. Temos adrenalina de sobra, somos intensos para que a mensagem seja transmitida com sucesso. Tudo isso exige muita dedicação, estudo recorrente, atenção, responsabilidade e renúncia, pois estamos sempre trabalhando o tempo todo, de sol a sol, feriados, dias de chuva, seja lá o que for. Passamos mais tempo com nossos queridos ouvintes, do que com a nossa família. E tudo isso é imensamente gratificante, desafiador e transformador.
Entre as muitas entrevistas que já fizeram em todo esse tempo de Conexão 99, citem as mais bacanas e porquê.
Nanda: O Conexão 99 nos rendeu muitas histórias, emoções e risadas. Entrevistamos grandes personalidades locais e nacionais. Uma das mais marcantes, foi um show do Skank aqui em Fortaleza, onde entrevistamos o tecladista da banda, o querido Henrique Portugal e o papo foi tão leve, tão sincero e ao mesmo tempo tão marcante que no finalzinho da entrevista o Henrique nos convidou para o show e para tomarmos cerveja (a cerveja SKANK) no camarim. Muito legal!
Edney: Jota Quest, Skank, Humberto Gessinger... Toda essa galera com um astral muito sensacional. Ficamos surpresos de como são simples.
Tem alguém que vocês ainda sonham entrevistar ou levar ao programa? Quem?
Nanda: Ahhhh são tantos desejos. Quem sabe um dia o Mução nos note ou o Crazy Banana, né? Mas de coração, entrevistar, conhecer gente nova, é sempre um aprendizado.
O que já aconteceu de mais inusitado durante o programa?
Nanda: O programa também já teve pedido de namoro ao vivo e até hoje o casal continua junto. Foram muitas experiências incríveis! Foi lindo. O cara, me mandou whatsapp e nós esquematizamos a vinda dele e da futura namorada para os estúdios da Cidade. Foi lindo! Eu chorei.
Edney: Já teve pedido de casamento, descoberta de traição, pedido de namoro negado e até mesmo um ouvinte que arrumou um emprego quando mandou seu currículo ao vivo hahhahahaha.
No quesito audiência, qual o público mais assíduo em participação? E qual o momento mais aguardado por eles?
Nanda: Público jovem/adulto. Os motoristas de aplicativo e seus respectivos passageiros se divertem com o Conexão 99. Os estudantes, universitários. A diversão é garantida. Mas o programa é feito para todo mundo. O importante é abrir o coração e a mente e entrar no clima.
Edney: Eles esperam por tudo, desde a abertura até o fim do programa. A gente percebe que eles se dedicam bastante para serem notados nas enquetes.
Para produzir os quadros do Conexão, onde ou em quem vocês buscam inspiração?
Nanda: Estamos sempre de olho na atualidade, fatos, curiosidades. Somos conectados de verdade. As redes sociais, portais, podcasts, streams, rádios internacionais, nacionais colaboram com o nosso conteúdo e com a nossa preparação.
Edney: Sempre estamos muito conectados, olhando as maiores tendências mundiais. Temos que ler bastante para ter uma noção do que funciona ou não. Graças a Deus, tudo que a gente lança está dando certo.
Agora, no lado pessoal. Vocês trabalham muito. O que mais gostam de fazer nas horas vagas?
Nanda: Eu costumo dizer que sou praticamente um personagem do filme Crepúsculo. Eu durmo pouco, sou agitada, mas eu amo ir à praia, beber socialmente, ouvir outros estilos musicais e procurar viver experiências que eu ainda não conheço para enriquecer minha vida pessoal ou profissional. Isso me tira da zona de conforto.
Edney: Quando tenho tempo, o que é muito raro, gosto de assistir futebol e jogar vídeo game. Mas isso quase nunca acontece hahahaha.
Como cuidam da forma e da cabeça?
Nanda: Trabalhamos muito. Somos preguiçosos para a vida fitness, mas estamos sempre malhando o cérebro e fazendo detox na alma quando necessário.
Para finalizar, quais os planejamentos para o futuro pessoal e profissional?
Nanda: Não vou mentir: Eu luto todo dia pra crescer, evoluir. Estudo muito! Quero ir além. Eu saio de casa pra ganhar e buscar o melhor da vida. Sempre com responsabilidade, igualdade e alegria. Quero ser uma profissional qualificada sempre, de olho no futuro, com os pés no chão, respeitando o presente e ao próximo. Nunca fiz uma viagem internacional, intercâmbio, queria vivenciar essa oportunidade. Meu sonho! No campo pessoal, eu quero continuar dando orgulho para os meus pais, quero dar o melhor de mim para eles. Sempre costumo dizer que “filho que ajuda pai e mãe, é filho feliz”. Se eles estiverem com orgulho de mim, é porque tá tudo certo. O resto, o dinheiro, as oportunidades virão com naturalidade. Dessa vida eu só quero o que for pra mim, com calma, respeito e good vibes!
Edney: Ousadia é meu nome. Sempre estou atrás de realizar meus sonhos e ainda falta um deles, que é trabalhar na TV Cidade. Um dia, quem sabe me notam kkkk