O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno de desenvolvimento neurológico que pode afetar habilidades físicas, motoras, de comunicação e de interação social. Estima-se que o Brasil tenha, atualmente, dois milhões de pessoas com TEA.

A Lei 13.861, sancionada em 2019, institui a obrigatoriedade de o censo populacional realizar o levantamento sobre o autismo na sociedade. Projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que aproximadamente 1% da população mundial pode ter o transtorno.

Cada pessoa com TEA pode apresentar comportamentos, necessidades e potencialidades distintas, mas alguns aspectos, como padrões de comportamento repetitivos, interesses fixos e hiperfoco e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais, são observados em muitos casos do espectro.

O acesso ao diagnóstico desde cedo é de suma importância para que haja a atenção necessária às demandas da pessoa com autismo e tal processo envolve família e profissionais que possam avaliar diversos aspectos.

Alguns comportamentos desde a primeira infância podem apontar a possibilidade do diagnóstico e despertar a procura por profissionais, como pouco contato visual ao conversar, dificuldade de interação e foco em temáticas e contextos específicos.

Estudo publicado no Journal of the American Medical Association, atribui a herança genética a 80% dos casos de TEA. Os estudos avançam de forma contínua, apontando para uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

A partir da confirmação do diagnóstico do TEA, é imprescindível que a família busque informações e o auxílio de profissionais especializados, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, pedagogos e neuropediatras, visando o acompanhamento contínuo e o desenvolvimento das habilidades nas diversas áreas.

Além do diagnóstico, serviços oferecidos por instituições públicas como a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) ajudam a disseminar informações, sensibilizando para a necessidade de conhecimento e ações que possibilitem uma vida mais digna para as pessoas com TEA e suas famílias.

Assembleia Legislativa do Estado do Ceará: uma Casa que promove a informação

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) promove uma série de ações para sensibilizar sobre o TEA. Criado em 2021, o Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi) realiza atendimento qualificado e especializado para crianças com síndrome de Down e crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista.

O órgão conta com equipe multiprofissional e atua para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais, emocionais e motoras das crianças e adolescentes, visando o exercício da cidadania, a construção da autonomia e o apoio às famílias.

Em abril de 2023, mês que foca na conscientização sobre o autismo em todo o mundo, o Ciadi realizou o Seminário “Autismo: mais informação, menos preconceito”, abordando diversos aspectos sobre o TEA com participação de pesquisadores e pessoas com autismo e suas famílias.

A Alece realizou ainda audiência pública sobre o autismo, parte da programação do mês de sensibilização, debatendo ações e políticas públicas voltadas a pessoas com TEA. Uma sessão solene, no mês de julho, homenageou o Dia Mundial do Orgulho Autista. Iniciativas como essas, em paralelo às ações promovidas pelo Ciadi, promovem a informação e o esclarecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista para que pessoas com o diagnóstico e seus familiares possam levar uma vida melhor.