HOME Notícias
Em relatório, ex-diretor do Sesc/Senac Rodrigo Leite critica presidente da Fecomércio, Luiz Gastão

Luiz Gastão também recebeu críticas recentes pelo vice-presidente da Fecomércio, Maurício Filizola.

Foto: Divulgação

O ex-diretor regional do Sesc-Senac, Rodrigo Leite, lançou um relatório aberto para responder a algumas supostas afirmativas feitas pelo presidente da Fecomércio, Luiz Gastão. Leite foi demitido do cargo de direção, o qual ocupou entre 2018 e 2021, no dia 27 de maio. Sua demissão, assim como outras realizadas pelo presidente da Fecomércio, foi motivo de repúdio pelo vice-presidente da instituição, Maurício Filizola, que também lançou uma carta aberta no dia 12 de junho para indicar seu rompimento com a gestão de Gastão. 

No relatório produzido por Leite, o ex-diretor responde a quatro falas feitas por Gastão no dia 7 de junho, durante a reunião do Conselho de Representantes. Entre as afirmações respondidas, está a de que em nenhum outro lugar do Brasil uma mesma pessoa assume a liderança do Sesc e do Senac estaduais, ao que Leite respondeu exemplificando as entidades de Goiás, Rio Grande do Sul e Roraima, que possuem um presidente para ambas as instituições. 

Ainda, Gastão teria criticado a falta de comunicação por parte de Leite, que respondeu à afirmação colocando 56 prints de mensagens trocadas entre os gestores, entre informações financeiras, contratuais e institucionais. 

Sobre os questionamentos do presidente da Fecomércio em relação ao financeiro da instituição, Leite indica divergências entre a suposta fala de Gastão e os dados levantados pelo ex-diretor. Gastão teria sido “surpreendido” com um orçamento de R$ 75 milhões “para dar curso ao fechamento do orçamento da Federação esse ano”. Em resposta, Leite indica que, até maio de 2021, havia sido investido pouco mais de R$ 7.174 milhões.

“Dessa forma é necessário que o Conselho tenha a informação de que o retificativo  orçamentário obrigatoriamente deve ser aprovado pelo Conselho Regional no mês de julho de 2021, o que retira qualquer margem para a surpresa relatada pelo presidente”, indica o relatório de Leite. 

Em anexo ao relatório, o ex-diretor deixou à disposição diversos indicadores financeiros e de atendimento de forma a tentar indicar o avanço das instituições durante sua gestão.

Por fim, Gastão teria criticado um suposto “clima de medo” deixado por Rodrigo na instituição, ao que Leite responde que recebeu “mais de 40 mensagens de texto além de ligações e áudios de fornecedores, assistentes administrativos, operacionais,  coordenadores, gerentes e diretores, após minha demissão, falando do choque que tiveram e de como eram valorizados e bem tratados pela Diretoria Regional”. 

Em conclusão, Leite ainda destaca sua necessidade de explanar as questões da forma a também elucidar o mercado. “Claro que o impacto da fala de um presidente da Fecomércio Ceará, citando diversos comportamentos desabonadores e inverídicos para cerca de trinta diretores, conselheiros e empresários do estado, em plena reunião institucional, a respeito de um executivo de mercado recém-demitido, pode causar sérias dificuldades na recolocação profissional deste. Dessa forma, não é de se entender que se tome a atitude de macular a imagem de um colaborador, diretor da casa, cidadão e pai de família, que sempre o tratou com  profissionalismo, cortesia e respeito à hierarquia como pôde ser verificado facilmente nos anexos deste documento”.

A Frisson entrou em contato com a Fecomércio para saber algum posicionamento da instituição, mas foi informada que Luiz Gastão decidiu por não se posicionar

PUBLICIDADE