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Maio registra crescimento de 102% em registros de empresas no CE; 82% são microempresas individuais

Deste número, o grande destaque foi o setor de serviços, que apresentou 4.500 novos negócios, seguido pelo de comércio, com 3.086, e indústria, com 869.

Foto: Divulgação

Segundo dados da Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), o mês de Maio registrou um balanço de 8.455 novas empresas no Ceará, um crescimento de 102% em relação ao mesmo mês, em 2020, quando o número de aberturas foi 4.182. Desse número 82% foram exclusivamente de microempreendedores individuais (MEI).

Deste número, o grande destaque foi o setor de serviços, que apresentou 4.500 novos negócios, seguido pelo de comércio, com 3.086, e indústria, com 869. 

O crescimento chama atenção principalmente devido à pandemia do novo coronavírus, que fez com que diversos empreendimentos fechassem, principalmente de setores mais prejudicados, como bares e restaurantes. Entretanto, em maio, 2.735 empresas fecharam, um número 87% maior que o do mesmo período em 2020, quando 1460 empresas fecharam, mas ainda menor que o registrado em maio de 2019, que teve 2.877 fechamentos. 

Segundo Felipe Melo, articulador da Unidade de Inteligência Estratégica do Sebrae Ceará, a pandemia trouxe ainda uma série de camadas para o contexto do empreendedorismo nacional que ainda necessitam ser discutidas e analisadas, de forma que não foram ainda assimiladas nem no ponto de vista social ou econômico. “Dessa forma o empreendedorismo passa por transformações que ainda precisam ser corretamente desveladas. Uma delas é a intensidade da dinâmica humana no fechamento e abertura de novos negócios”, explica.

“Se, por um lado, temos a menor taxa de empreendedorismo total no país dos últimos 8 anos, temos também a maior taxa de empreendedorismo inicial (empresas com até 3 meses de operação) dos últimos 18 anos. É fato que boa parte desses novos empreendimentos ocorrem por necessidade. Cerca de 82% dos novos empreendimentos tem como motivação a busca de uma alternativa ao mercado de trabalho demasiadamente acirrado e escasso”, detalha Felipe. 

Ainda, segundo ele, os Pequenos Negócios estão impulsionando uma geração de empregos em 2021, em que quase 95% dos empregos têm sido gerados pelas micro empresas e empresas de pequeno porte. “Dessa forma, as nuances se alteram entre a necessidade de geração de renda para a camada com menor escolaridade da população e as oportunidades de crescimento e empreendimento oriundas de um momento de crise. É um pêndulo cruel”. 

Ainda segunda a pesquisa, quando comparado o começo de 2021 até o fim de maio, o resultado é positivo, com 45.686 empresas contra 31.694 em 2020 e 33.852 em 2019. Já os encerramentos foram 14.638, 11.217 e 13.360 em 2021, 2020 e 2019, respectivamente. 

 

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