Destaque por ser a maior rede de farmácias do Brasil, a Pague Menos alcançou posição inconteste no mercado nacional: consolidou-se economicamente, expandiu suas filiais com a manutenção dos princípios que a movem e estabilizou-se no ramo em que atua pelo brilhantismo e eficiência. Resumindo: uma empresa que causa frisson. Tanto causa que, por trás do sucesso, está uma figura feminina jovem, esbelta, atenta aos cuidados com o corpo e a mente e, sobretudo, ao confesso empenho à rotina profissional: Patriciana Queiros.
Aos 37 anos, nascida em Fortaleza, é casada há doze anos com David Rodrigues, com quem teve quatro filhos - David, Vidda, Patrick e Pietra. Formada em Engenharia Civil e com pós-graduação e MBA, Patriciana contou detalhes de sua carreira, falou das dificuldades superadas e traçou metas para o futuro pessoal e profissional. Tudo isso em uma entrevista leve e cheia de revelações à Coluna Frisson. Confira a seguir.

Fala um pouco de experiência inicial no grupo Pague Menos até chegar a um cargo tão importante...
Comecei na Pague Menos desde bem jovem. A princípio, era mais brincadeira do que trabalho. Aos doze anos, parte das férias minhas e de meus irmãos era na empresa, levando documentos de um setor para outro, carimbando, organizando pastas de arquivo, empilhando caixinhas de remédio. Depois, iniciei formalmente como caixa, balconista e aí veio a oportunidade no departamento de novos negócios, onde fui responsável pela implantação do serviço de revelação de filmes e do cartão de crédito private label. Depois, vieram o departamento de marketing como gerente e a diretoria de marketing. E há dez anos, estou responsável pela diretoria de Marketing e Compras.

Você chegou a sentir medo de “não dar conta do recado” em algum momento? O fato de ser filha em alguns momentos pesa bastante, pois a necessidade de mostrar sua capacidade ainda é maior, o fato de ser jovem e mulher também geram preconceitos a serem quebrados. Recordo que, quando fui para a aérea de compras onde boa parte dos representantes da indústria era e ainda é composta por homens, tive um pouco de dificuldade, pois muitos ficavam incomodados de negociar com uma “menina”. Com o tempo, tudo se acomoda e as pessoas percebem sua qualidade e o real motivo de você estar ali.
Seu papel é fundamental na empresa. Quais tarefas integram seu cotidiano na Pague Menos? Sou responsável pela diretoria de compras e marketing. É um grande desafio. Como diz o ditado: “ vende bem quem compra bem”. Tenho o privilégio de ter dentro de casa exemplos maravilhosos de excelentes negociadores, tanto o Deusmar, negociante nato, como o meu tio e sócio da empresa que era responsável por essa diretoria antes de mim e muito me ensinou e ainda ensina até hoje. Temos uma equipe fantástica e muito comprometida. Somos responsáveis pelas compras de mais de 10.000 diferentes produtos para mais de 600 lojas distribuídas em todos o Brasil. Tudo fica centralizado ainda aqui em Fortaleza. Na diretoria de marketing, me realizo. A Pague Menos, mais do que uma empresa de varejo farmacêutico, é uma grande mobilizadora junto às classes sociais, seja como provocadora de ações sociais ou geradora de acesso a informações e benefícios. Hoje, estão sob a nossa chancela eventos que já estão marcados no calendário de Fortaleza, do Ceará e do Brasil. Temos o Encontro de Mulheres Pague Menos, que é um evento único em formato, tamanho e impacto social. Temos o Circuito de Corridas Pague Menos, sem falar na campanha de doação de ambulância, campanhas de doação de cadeiras de rodas, arrecadação de alimentos, brinquedos etc. Somos bem atuantes. Participamos de muitas atividades, somos muito presentes junto às comunidades que atuamos. E para essa formação, além da parte técnica através dos cursos de MBA e especialização em Marketing, credito todo o sucesso ao Presidente do Grupo e meu pai, que, antes de tudo, é um marqueteiro de mão cheia. Ele é cheio de energia, espiritualidade, adora desafio, não consegue ficar parado, motivador e tudo isso nos inspira e nos permite ousar.
Trabalhar com o público em geral (que independe de idade, sexo, religião e classe social) não é fácil. Qual sua percepção sobre isso em relação à grande aceitação da Pague Menos no mercado? Nós temos uma máxima na Pague Menos que diz: “a gente não ama quem nós não conhecemos. Precisamos conhecer para amar”. A Pague Menos se faz presente na vida e no dia a dia dos nossos clientes. Somos uma empresa aberta e participativa. Isso gera por parte dos nossos clientes o conhecimento de quem somos e cria o relacionamento. Quando se ama, se perdoa. Somos conscientes de que somos muito bons em muitas coisas, mas existem outras tantas a serem trabalhadas. Os clientes não nos escolhem por que somos perfeitos, mas porque gostam de nós e estão dispostos a nos perdoar quando preciso for. Não é fácil. Temos que estar muito atentos, vigilantes, abertos e com muita humildade. Ainda mais no nosso caso, que lidamos com “gente” funcionário e cliente. As pessoas fazem a diferença.
De que maneira analisa o atual mercado de farmácias cearense? Há alguma disparidade em relação ao âmbito nacional? O mercado no Ceará é bem parecido com os demais mercados. Para nós que atuamos em todo o Brasil, podemos falar com propriedade de cada um dos estados. Os que existem de diferente são especificidades muito próprias em cada região. Por exemplo, no Ceará podemos comercializar vários produtos de conveniência, como sorvete, refrigerante, biscoito, chocolate. Em outros estados, não podemos. Em algumas regiões, uma nova farmácia só pode ser aberta com uma distancia mínima de outra já existente. O que na nossa percepção é um absurdo. Cada mercado tem suas características, sem falar nas leis que possuem interpretações municipais, o que dificulta um pouco. Mas, no âmbito geral, o Ceará não se diferencia tanto dos grandes centros.
.jpg)
Deve ser super agitada sua rotina. De que maneira você divide o tempo entre família e trabalho? Sou mãe de quatro lindos filhos. David de 9 anos, Vidda de 7 anos, Patrick de 5 anos e Pietra de 3 anos. Sempre quis me casar e ter uma grande família. O equilíbrio é um grande desafio da humanidade, em todos os aspectos. A divisão é muita dedicação às crianças no final de semana para trabalhar na semana sem peso na consciência. Todo tempinho livre que tenho tento administrar para que a equação fique mais equilibrada. Confesso que acredito verdadeiramente que qualidade vale mais que quantidade. Pelo menos uma vez por semana, almoço com eles. Todos os dias, à noite, quando chego do trabalho, fico com eles. Por menor tempo que seja, tento que faça valer a pena. Coloco para dormir e rezo com cada um deles. São valores e seguranças que os deixam mais confortáveis. Como são quatro filhos, tenho a sensação de que nunca estão sozinhos. Só os quatro já é uma grande festa. Minha mãe e minha sogra são muito presentes e me ajudam muito! Minha mãe é daquelas avós que estão toda semana com os netos. Ela participa de todas as atividades, faz questão de levá-los ao médico quando se faz necessário. É meu porto seguro quando o assunto são os pequenos. Viajamos em família pelo menos duas vezes por ano. E assim vamos equilibrando profissão e família. Meu marido é um super paizão e também, mesmo estando à frente da empresa de sua família, Makro Engenharia, se vira nos 30 e curte as crianças, como se criança fosse também.

Quem te conhece sabe que você é apaixonada pelo trabalho. Essa paixão surgiu como?! Aqui em casa, somos também quatro filhos. Cada um atua na empresa em uma área distinta. Confesso que não fui eu que escolhi as áreas em que estou. Foram as áreas que me escolheram, me sinto muito realizada. Não saberia dizer quando a paixão começou, arriscaria dizer que, quanto mais vou me envolvendo, mais vou me apaixonando.

Uma empresa de grande porte e com enorme sucesso como a Pague Menos deve ter, em casos raros e esporádicos, alguns problemas. Que tipo de dificuldade você mais enfrenta em sua rotina? A grande dificuldade do dia a dia é a busca constante pelo equilíbrio. Se relaxarmos, somos sugados pela rotina e, quando tomamos pé da coisa, perdemos tempo preciosos seja no âmbito profissional seja no pessoal. O tempo é mesmo um bem muito precioso. Se não nos planejarmos, iremos utilizá-los de forma errada. Tenho o hábito de ter minhas listinhas de pendências pessoais e profissionais e todos os dias eu a atualizo, checando as conquistas e os que devem ser colocados lá. Se administrar bem o tempo, dá para fazer de tudo um pouquinho.
Por mais que muita gente não queira pensar em demasia no futuro, isso acaba sendo impossível. Você, por exemplo, quer estar de que forma na próxima década? Não me vejo em outro lugar que não seja na Pague Menos. Sei que posso contribuir muito e quero contribuir junto com esse time de campões para continuar fazendo da Pague Menos um grande orgulho para o Ceará e para o Brasil. Como pessoa, espero estar ainda mais desenvolvida espiritualmente e fisicamente. Espiritualmente, já temos uma boa caminhada: participamos das ENS - Equipes de Nossa Senhora, movimento religioso de grupo de casais muito especiais que têm o objetivo de evangelizar a família através do casal. Participamos também de um grupo de casais do Encontro de Casais com Cristo da Paróquia da Paz e da Pastoral da missa das crianças da Paróquia Cristo Rei. Parece muita coisa, mas ainda dá para fazer muito mais. Já na parte física e esportiva... (risos). Sou casada com um “Ironman”, tenho dois irmãos que também são Ironmens... E eu, ano após ano, me comprometo a começar. Quem sabe daqui a dez anos, o negócio já esteja firme e forte!

Quando tem um tempo livre, ainda que durante a semana, o que curte fazer?! Ficar com minha família, viajar com marido e filho e sair com amigos.
Você chama atenção pela beleza e elegância. É o tipo de mulher muito vaidosa ou não? Muito não! Deveria ter um pouco mais, sou pouco disciplinada nas coisas de “mulherzinha”, como cremes, massagens, rituais de beleza. Faço o básico, curto me vestir bem e explorar nos acessórios. Mas é tudo!
Fica visível no seu olhar a paixão por viagens. Para quais destinos mais gosta de ir? Viajo bastante, seja viagens de lazer ou viagens profissionais que acabam nos proporcionando conhecer lugares novos e inusitados. Não existe um destino certo. Com as crianças, a Disney tem sido bem frequente, mas as praias do Nordeste, Califórnia e Bariloche são outros destinos que já optamos com eles e foram maravilhosos. Viajamos uma vez por ano com a família do meu marido, uma vez por ano com a minha família, uma vez por ano só as mulheres da família, uma vez apenas
eu, meu esposo e as crianças. E pelo menos uma vez, viajamos eu, meu esposo e nossos filhos. Muita viagem, né? Mas muitas vezes são destinos mais próximos e viagens mais curtas aproveitando os grandes feriadões. Há pelo menos cinco anos, não passamos o carnaval em Fortaleza, tampouco a Semana Santa... Aproveitamos essas datas para não comprometer a escola das crianças e nem os dias ausentes na empresa.
Você se imagina, por exemplo, em como estará aos 60 anos? Sou uma pessoa que planeja bem, mas a médio e curto prazo. Não tenho ainda no radar como será aos 60, desejo que no mínimo tão bem como meus pais e sogros.
.jpg)
E televisão, curte assistir? Se sim, quais programas? Adoro TV. Como atuo na área de marketing, preciso estar atenta a todos os veículos de comunicação. TV é algo que faço sem sacrifício. Gosto de novelas, filmes, programas de entrevistas, programas jornalísticos... Acho que a TV é uma ferramenta maravilhosa, para gerar informação e formação.
Para terminar, conta como você quer que seus filhos e netos, no futuro, vejam seu papel na história de sucesso da Pague Menos! Gostaria que assim como meu pai me inspira a cada dia com sua energia, dedicação e amor pelo que faz, meus filhos possam de alguma forma se motivar nos projetos e caminhos que escolherem, através do meu exemplo. Amo o que faço, e faço porque amo, não precisaria estar na empresa dez horas por dia. Se aqui estou, é porque percebo que posso contribuir e isso me faz muito bem.
Curta Frisson no Facebook!