Problematizaram a beatificação de um jovem pela cor da pele. 

Uma página especializada em arte religiosa publicou uma imagem provocativa, que sugere uma crítica à beatificação do jovem Carlo Acutis. A estampa virtual da Ateliê 15 observa-se a imagem de um jovem negro acompanhada da frase, "meu santo de calça jeans é preto, mora em quebrada e faz milagres para sobreviver". Alguns dos comentários reforçam o tom crítico da ida aos altares do jovem inglês apaixonado pela Eucaristia e pela internet. "Observaram que os santos canonizados na Igreja são brancos e filhos de pais ricos?", questionou um dos comentadores da página. 

Padre Gabriel Vila Verde, sacerdote, com ampla influência nas redes sociais comentou sobre o assunto em uma publicação. "A pergunta que eu faço é a seguinte: santidade tem cor? Santidade tem classe social? Devemos estar atentos à essas ideologias perigosas que estão semeando na Igreja", alertou o sacerdote.E, continuou: "Carlo Acutis é santo porque foi santo e ponto final. Não tem nada a ver com riqueza ou cor da pele. A Igreja tem santos brancos, índios, negros... de família rica, pobre, classe média... mas nenhum foi colocado no altar por ideologia! Se lá estão, foi porque viveram a fé", pontuou. "Quem estiver incomodado com o Carlo Acutis, que seja santo também, ao invés de dividir a opinião dos fiéis por questões de raça. São Benedito (o negro) está no céu, rindo de quem publicou essa bobagem", finalizou a mensagem. 

Comentário 

Pelo visto, a fraternidade universal sonhada por Francisco está cada vez mais distante de se tornar concreta no primeiro reduto onde deveria acontecer por primeiro, na pópria Igreja.  Chegaram ao ponto de problematizar a beatificação de um santo, e colocando a fatura na cor da pele. Qual será o passo seguinte: cotas raciais para beatificações? Suspender canonização de brancos? Caducar  a devoção à Senhora vestida de sol de  Fátima pela em detrimento da Virgem negra aparecida nas águas do rio Paraíba?