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Máscaras N95 passam a ser obrigatórias para alguns setores no Ceará a partir desta segunda

Apesar de serem consideradas mais seguras para a prevenção contra a infecção contra o novo coronavírus, as máscaras estão escassas no mercado mundial devido alta procura

Foto: Natália Coelho

A partir desta segunda-feira, 24, seguindo o decreto estadual, as máscaras N95, PFF2 ou similares passam a ser obrigatórias para funcionários de estabelecimentos como farmácias, escolas e supermercados. A medida foi anunciada no último dia 14 de janeiro, mas passou por uma semana de adaptação por parte dos empreendimentos. 

Consideradas mais seguras para a prevenção contra a infecção contra o novo coronavírus, as máscaras também fazem parte do combate contra a variante Ômicron no Ceará, cepa mais transmissível que as anteriores. Segundo estudo do Instituto Max Planck, da Alemanha, a máscara protege em quase 100% contra a Covid-19. 

Entretanto, segundo Fábio Timbó, presidente executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Estado do Ceará (Sincofarma), apesar da boa intenção do governador Camilo Santana (PT), não há máscaras N95 o suficientes para atender a demanda e, com o decreto, haverá ainda mais faltas. 

“Nós não fomos chamados para fazer debate em relação a isso, mas enxergamos com bons olhos e de forma positiva a intenção do governador, porque o sonho era que todo mundo usasse a N95. Mas nem nos hospitais as pessoas conseguem usar a N95, porque é uma máscara mais cara e não tem para todo mundo. Quando tivemos conhecimento do decreto, se tivéssemos sido consultados, teríamos dito para o governador que, não por culpa das farmácias ou da distribuição, mas não tem produção o suficiente. Cerca de 99% dessas máscaras são importadas, e 90% vem da China”. 

Fábio destaca que a busca por parte de balconistas de farmácias, atendentes de supermercados e professores poderá fazer com que haja falta para outras profissões que lidam diretamente com o caso de Covid, como enfermeiros e médicos. “O que temos de informação é que vários estabelecimentos tentaram comprar, alguns conseguiram, mas outros não. As farmácias estão trabalhando para tentar cumprir o decreto. Mas o que estamos colocando é essa dificuldade, porque os distribuidores estão dizendo que não tem”. 

O mesmo foi mencionado pelo secretário-executivo da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Antônio Sales. “O segmento recebeu com um pouco de apreensão, porque o produto já estava escasso, e com essa procura, logo após o decreto, ficou muito difícil encontrar no mercado local. Ele tem que ser comprado de fora em quantidades maiores, o que dificulta empreendimentos menores, mas já estamos mobilizando o setor para a compra do equipamento”. 

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