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José Gomes da Costa é nomeado presidente interino do Banco do Nordeste

O nome de Gomes foi indicado por Valdemar Costa Neto (presidente do Partido Liberal), que, em setembro, gravou um vídeo exigindo a demissão de Romildo Rolim, então presidente do BNB

Foto: Divulgação

O Banco do Nordeste anunciou José Gomes da Costa como novo presidente interino, substituindo Anderson Possa na função. Gomes é o segundo presidente da instituição em menos de quatro meses. Antes de assumir o cargo, na última segunda-feira, 17, o executivo era diretor financeiro do BNB.

Economista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com mestrado em Economia também na universidade, Gomes possui MBA em finanças pela Escola de Economia do Rio de Janeiro, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e formação em “banking”, pela Escola de Administração de São Paulo, também da FGV.

O nome de Gomes foi indicado por Valdemar Costa Neto (presidente do Partido Liberal), que, em setembro, gravou um vídeo exigindo a demissão de Romildo Rolim, então presidente do BNB, devido a um contrato de R$ 583 milhões do Banco com o Instituto Nordeste Cidadania (Inec), ligado ao PT no Ceará. 

O presidente da sigla ainda afirmou ter enviado um ofício ao ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e à ministra secretária do Governo Flávia Arruda - com cópia para Bolsonaro -, pedindo a demissão do presidente e toda a diretoria do BNB. Em resposta, o BNB afirmou ter a transparência como valor corporativo, enfatizando o zelo com os recursos públicos. 

O presidente Jair Bolsonaro resistiu à indicação após descobrir que Gomes era filiado ao PT no passado, mas acabou cedendo. O novo presidente do BNB não é ligado a nenhum partido atualmente, mas aparece como filiado no PT da Bahia entre 2003 e 2009, quando a filiação foi “excluída”.

O BNB já foi alvo de escândalos de corrupção em governos passados, mas ganhou destaque em 2005, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando o assessor do deputado José Guimarães (PT-CE) foi pego com R$ 209 mil em espécie dentro de sua mala e US$ 100 mil dentro de roupas íntimas. As operações do Ministério Público Federal indicaram que esse dinheiro seria oriundo de corrupção a partir de contratos com o BNB. O Presidente da época, Roberto Smith, tinha sido indicado por Guimarães. 

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