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Após publicação de recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governo Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu proibir a entrada de pessoas que estiveram nos últimos 14 dias em seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Suazilândia (Eswatini), Lesoto, Namíbia e Zimbábue. A informação foi compartilhada pela Casa Civil na última sexta-feira, 26.
A barreira sanitária diz respeito à nova variante B.1.1.529, nomeada nesta sexta-feira, 27, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de ômicron, descoberta no país africano Botsuana e que foi classificada como “variante de preocupação”. Entretanto, ainda não é possível afirmar que ela é mais transmissível ou mais letal que outras cepas.
A nota técnica da Anvisa também indicava a utilização do passaporte de vacinação, mas a recomendação foi ignorada pelo Governo Federal.
Além dos países da África, a variante já foi identificada na Bélgica, em um paciente que havia chegado do Egito no início de novembro, em Israel e em Hong Kong.
Segundo alerta do Ministério da Saúde, ainda não foi identificado nenhum caso da cepa no Brasil. O documento indica que o Ministério deve ser avisado na suspeita de casos da ômicron e o texto foi encaminhado para o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
Preocupação mundial
Países como República Tcheca, Holanda, Itália e França também anunciaram bloqueios de voos vindos da África do Sul. A preocupação é de uma nova onda da Covid-19. Na Europa, uma quarta onda vem causando aumento no número de internados em UTIs.
Nesta sexta-feira, 26, a chefe da Comissão da União Europeia, Ursula von der Leyen, publicou em suas redes sociais que a UE deverá iniciar medidas para frear o avanço da variante. “A Comissão irá propor, em estreita coordenação com os estados membros, ativar o freio de emergência para interromper as viagens aéreas da região da África Austral devido à variante de preocupação B.1.1.529”, escreveu em sua conta no Twitter.