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CPI da Covid irá incluir governadores e prefeitos; políticos cearenses se manifestam

A proposta da Comissão é investigar possíveis irregularidades, fraudes e superfaturamentos em contratos de serviço

Foto: Divulgação

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu a ata de criação oficial da Comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid na noite desta terça-feira, 13. A CPI irá investigar não só mais as ações ou omissões do Governo Federal, como em relação ao colapso de saúde do Amazonas no começo do ano, mas estados e municípios. Já a proposta da inclusão de estados e municípios é investigar possíveis irregularidades, fraudes e superfaturamentos em contratos de serviço que tenham sido originados de recursos da União. O requerimento da CPI foi proposto pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mas a inclusão de estados e municípios foi requerida pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE). 

“O objetivo aqui não é investigar estados e municípios. O que será alvo de investigações é a aplicação de recursos federais desviados numa causa específica. Ou seja, apurar onde e como foram aplicados esses recursos e se houve desvio. Não há que se falar, portanto, em investigação de governadores e prefeitos, e, sim, de recursos federais que podem ter sido desviados de seu propósito”, indicou o senador Eduardo Girão, autor do pedido, em nota enviada para a imprensa. 

Além de Girão, o Ceará possui outros dois senadores no Plenário, Tasso Jereissati (PSDB/CE) e Cid Gomes (PDT/CE). Ambos assinaram pela criação da CPI, mas não a que incluía estados e municípios na investigação. 

No Twitter, Cid Gomes elogiou a postura de Pacheco na criação da CPI. “É urgente a necessidade de investigação e responsabilização pelos erros e omissões do Governo Federal na gestão da pandemia. O senado saiu engrandecido”, publicou o senador. 

A inclusão foi criticada pelo governador Camilo Santana (PT) em entrevistas para o Sistema Verdes Mares. O governador criticou a falta de coordenação do Governo Federal e questionou sobre a verdadeira intenção da inclusão. “Será que querem realmente fazer uma investigação que tenha resultados efetivos ou querem confundir a população?”.

O vereador Carmelo Neto (Republicano) foi um dos políticos que comemorou a inclusão dos estados e municípios. Em suas redes sociais, o parlamentar se manifestou sobre o caso. “Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, acaba de confirmar CPI da Covid com governadores e prefeitos. Estou à disposição para ajudá-los a abrir a caixa preta de Fortaleza. Tem muito caroço nesse angu. Parabéns aos 45 que assinaram e ao senador Girão, autor do pedido”. 

Oposição ao governo atual, o deputado federal Capitão Wagner (Pros) se mostrou a favor da inclusão em sua conta de Twitter. “Com o número superior a 30 assinaturas, o Senado Federal deve ampliar a CPI da Pandemia para investigar Estados e Municípios. Já são 61 investigações pela Polícia Federal. Ninguém pode ficar impune!  Corrupção na pandemia é assassinato”, indicou. A Frisson entrou em contato com a assessoria do deputado para questionar sobre tais investigações, mas não obteve resposta. Segundo sua assessoria, o deputado está neste momento em viagem.

Matéria em atualização

 

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