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Com o objetivo de apoiar mulheres e manter aberto um canal de apoio, a Associação Marta, projeto que tem o propósito de conscientizar sobre a violência estrutural contra a mulher, lança a terceira edição do “Marta Escuta”. A ação, inteiramente on-line, oferece atendimento jurídico e psicológico gratuitos para mulheres vítimas de violência e acontece a partir do próximo dia 19 de abril até o dia 14 de maio.
Para participar, basta enviar uma mensagem a partir do dia 19 de abril para as redes sociais da Associação, seja Facebook (Associação Marta) ou Instagram (@associacaomarta). Após o preenchimento de formulário, a pessoa será encaminhada para uma advogada ou psicóloga, podendo também agendar atendimentos e participar quantas sessões for necessário.
Segundo a advogada e diretora de projetos da Associação Marta, Lara Luna, os problemas mais observados nas outras edições do Marta Escuta foram em relação à guarda dos filhos, como também dúvidas em relação à pensão, visto que muitas mulheres começaram a pensar na possibilidade de sair de casa. “Outra dúvida frequente que recebemos é em relação ao funcionamento dos órgãos públicos nesses tempos de pandemia, muitas mulheres não sabem como fazer para denunciar as violências que estão sofrendo, por exemplo”.
Motivadas muitas vezes pela situação de violência doméstica em que estão inseridas, as mulheres que buscam o Marta Escuta também buscam no projeto uma forma de escape, de forma a conseguir pelo menos uma escuta. “Por fim, já recebemos diversas mulheres em situação de desespero que, muitas vezes, só precisavam ser ouvidas e acolhidas de forma profissional, e, nesses casos, o serviço de escuta solidária foi essencial para confortar a mulher que sofreu ou ainda sofre algum tipo de violência”, destaca Lara, que também participa dos atendimentos como mediadora.
Idealizada em 2019 por duas amigas envolvidas na conscientização contra a violência contra a mulher, a Associação Marta é um projeto interdisciplinar que atualmente conta com 33 associadas das mais diversas áreas, entre Direito, Psicologia, Administração e Comunicação. Além do Marta Escuta, a Associação promove palestras em escolas, empresas e universidades em prol da educação sobre a violência, oficinas e um vasto trabalho nas redes sociais.
Lara, que desde o começo faz parte da Associação, explica que o projeto foi adaptado devido à pandemia do novo coronavírus. “Estamos trabalhando de forma mais virtual, por meio das nossas redes sociais e de projetos como o Marta Escuta. Acreditamos que, assim, conseguimos conscientizar melhor o público alvo para perceber, sensibilizar-se e dar suporte quando se deparar com uma situação de violência”.