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Lockdown em Fortaleza: veja o que funciona e o que fecha a partir desta sexta

O primeiro lockdown na Capital durou um total de 24 dias, entre 8 de maio a 1º de junho de 2020

Foto: Lino Vieira

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou na noite desta quarta-feira, 3, um lockdown na Capital a partir desta sexta-feira, 5. Com o isolamento rígido, diversas atividades econômicas estão suspensas em Fortaleza. Apenas as atividades consideradas essenciais poderão funcionar durante o lockdown, que valerá por 14 dias, ou seja, do dia 5 ao dia 19 de março. 

O primeiro lockdown na Capital durou um total de 24 dias, entre 8 de maio a 1º de junho de 2020. 

O novo decreto foi publicado nesta quinta-feira, 4, e traz um conjunto de medidas que valerão para os próximos dias. Confira o que funciona e o que não funciona em Fortaleza:

Shoppings e comércio

Fica suspenso o funcionamento de shoppings - que poderão ficar abertos somente até às 17 horas desta quinta-feira, 3 -, lojas, feiras, exposições, galerias e centro comerciais, estabelecimentos congêneres e comércio em geral. 

Igrejas e templos

Mesmo tendo sido consideradas atividades essenciais pela Câmara de Fortaleza, as igrejas e templos religiosos deverão permanecer fechados durante o período de lockdown em Fortaleza. O projeto de lei, aprovado no último dia 18 de fevereiro, ainda deve passar por sanção ou veto do prefeito, José Sarto (PDT), para ser aplicado de fato. 

Academias 

Estabelecimentos voltados para o exercício físico, como academias, centros de crossfit e cursos de esportes e danças não poderão funcionar durante o lockdown. No último dia 25 de fevereiro, a Câmara de Fortaleza aprovou um projeto de lei que define exercícios físicos e academias como essenciais. Entretanto, para se tornar válida, a medida precisa ser sancionada pelo prefeito, José Sarto (PDT), e ser publicada no Diário Oficial do Município. O chefe do executivo municipal ainda não sancionou nem vetou a proposta. Segundo a assessoria da Prefeitura, o PL ainda não chegou à competência do prefeito.

Bares e restaurantes

Bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos afins não poderão funcionar de forma presencial durante o decreto. Será somente permitido o serviço por entrega, inclusive por aplicativos. A previsão é que o governador publique medidas de apoio ao setor ainda esta semana. 

Indústria e Construção Civil

As atividades da indústria e da construção civil foram consideradas essenciais e não serão interrompidas neste lockdown.

Padarias e supermercados

Considerados essenciais, os serviços de padaria e supermercados continuarão funcionando durante o isolamento rígido de Fortaleza. Está proibido, entretanto, o consumo de alimentos no local. 

Aeroporto

As operações no Aeroporto de Fortaleza seguem funcionando normalmente. O setor foi um dos mais afetados durante a pandemia.

O que pode funcionar

Serviços de de imprensa e meios de comunicação e telecomunicação em geral; serviços de call center; os estabelecimentos médicos, odontológicos para serviços de emergência, hospitalares, laboratórios de análises clínicas, farmacêuticos, clínicas de fisioterapia e de vacinação; serviços de “drive thru” em lanchonetes e estabelecimentos congêneres; lojas de conveniências de postos de combustíveis, vedado o atendimento a clientes para lanches ou refeição no local; lojas de departamento que possuam, comprovadamente, setores destinados à venda de produtos alimentícios; comércio de material de construção; empresas de serviços de manutenção de elevadores; correios; distribuidoras e revendedoras de água e gás; empresas da área de logística; distribuidores de energia elétrica, serviços de telecomunicações; segurança privada; postos de combustíveis; funerárias; estabelecimentos bancários; lotéricas; padarias, vedado o consumo interno; clínicas veterinárias; lojas de produtos para animais; e lavanderias.

Situação do Ceará

Com 434.154 casos acumulados desde o começo da pandemia, o Ceará tem 180 dos 184 municípios com risco “alto” ou “altíssimo” da Covid-19, um dos maiores níveis desde o lançamento do Painel de Alerta. Até a manhã desta quinta-feira, o Estado possuía 11.432 óbitos. Os dados são do IntegraSUS, da Secretaria de Saúde (Sesa).

Mesmo com o aumento de leitos nos últimos dias, o Ceará estava com 90,34% dos leitos de UTI ocupados, número considerado preocupante pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde.

 

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