Ilustração: Niklas Elmehed/Divulgação
A Academia Sueca premiou na manhã desta sexta-feira, 9, o Programa Mundial de Alimentos (WFP), da Organização das Nações Unidas (ONU), com o Prêmio Nobel da Paz “por seus esforços para combater a fome, por sua contribuição para melhorar as condições de paz em áreas em conflitos e por atuar como uma força motriz nos esforços para prevenir o uso da fome como arma de guerra e conflito”.
Em entrevista para a Academia, Reiss-Andersen, participante do comitê da escolha dos prêmios, justificou o prêmio pela atuação da organização em amenizar conflitos, promover a paz e, ainda, na ajuda contra a fome durante a pandemia do novo coronavírus, que aumentou ainda mais o número de pessoas. “Estamos mandando um sinal para todas as nações que criam objeções contra cooperações internacionais e, apesar do nacionalismo, a responsabilidade de resolver problemas internacionais não está sendo acatada. Estamos enfatizando esse lado do Prêmio Nobel pela situação de todo o mundo”.
Com sede em Roma, na Itália, a WFP é uma das maiores agências humanitárias do mundo e tem como objetivo erradicar a fome, garantir segurança alimentar e aprimorar a nutrição até 2030. Em 2019, a instituição assistiu 97 milhões de pessoas de 88 países. Criada em 1963 após um terremoto no Irã como um experimento para promover alimentação, a WFP tem grande participação na promoção da paz pela erradicação da fome.
O Nobel da Paz, concedido desde 1901, premia pessoas e instituições que tiveram relevância no progresso da humanidade. Em 2020, a ativista sueca Greta Thumberg e organizações que protegem jornalistas e a imprensa eram as favoritas para o reconhecimento.
Em 2019, o prêmio foi para o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, por sua contribuição pela paz e cooperação internacional a partir de sua iniciativa de resolver conflitos com a Eritreia.
Nobel 2020
A premiação dos Prêmio Nobel deste ano começaram na última segunda-feira, 5, e seguem até a próxima segunda-feira, 12, quando será revelado o nome do vencedor do Prêmio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel deve ser revelado.
Na segunda, 5, os cientistas Harvey Alter, dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH), Michael Houghton, da Universidade de Alberta, e Charles Rice, da Universidade Rockefeller foram contemplado com o Nobel de Medicina ou Fisiologia por suas contribuições na descoberta do vírus da hepatite C.
Na terça-feira, 6, os cientistas Roger Penrose, Reinhard Genzel e Andrea Ghez levaram juntos o Nobel de Física por um estudo com buracos negros. Na quarta, 7, as pesquisadoras Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna receberam o prêmio de química pelo desenvolvimento de um método em edição de genoma. Já na quinta-feira, 8, a poeta estadunidense Louise Glück foi a ganhadora do Nobel de Literatura por seu trabalho na poesia.
Com 119 anos de história, o Prêmio Nobel é nomeado em homenagem ao cientista sueco Alfred Nobel e premia anualmente contribuições para a humanidade em Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz, além de também oferecer um prêmio homenagem de Ciências Econômicas.