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O home office é a maior revolução na forma de viver e trabalhar em séculos


Foto: Divulgação

De acordo com pesquisa da USP com 1.300 pessoas, 70% gostariam de continuar trabalhando em home office, 19% não gostariam e 11% são indiferentes. Nem todas as funções trazem esta possibilidade, mas se estes resultados se confirmarem e se sustentarem ao longo do tempo, a humanidade vai passar pela maior revolução na forma de viver e trabalhar em muito tempo.

Só para ficar nas consequências mais óbvias, isto trará transformações brutais no mercado de trabalho, em mobilidade, no mercado imobiliário, para o meio ambiente, em logística e em digitalização. Para agradar seus colaboradores, atrair talentos e reduzir custos com escritórios, muitas empresas optarão pelo home office. Ao eliminarem o escritório, não precisarão mais contratar só na cidade do escritório. Poderão contratar talentos de qualquer lugar do Brasil e do mundo.

Do lado do trabalhador, se não precisarem mais escolher onde morar em função da oferta de empregos, muitos sairão das megalópoles e irão viver no interior - em particular em cidades com boas escolas e segurança - na praia e no campo. Haverá menos demanda por escritórios. Menos cheias e com menos circulação de pessoas, as megalópoles terão menos trânsito. Com as pessoas passando mais tempo em casa e menos tempo no trânsito, imóveis pequenos e centrais vão se desvalorizar; imóveis mais distantes, mas maiores vão se valorizar. Com menos circulação nos grandes centros, a poluição diminuirá. Com as pessoas e o mercado consumidor menos concentrada nas grandes cidades, a logística de distribuição será mais difícil e mais importante. Tudo isso acelerará ainda mais a transformação digital. Há inúmeras outras transformações significativas que ocorrerão, mas acho que já deu para ter uma ideia da revolução que vem por aí.

Por Ricardo Amorim, autor do bestseller Depois da Tempestade, apresentador do Manhattan Connection, economista mais influente do Brasil segundo a Forbes e Influenciador nº 1 no LinkedIn.

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