Foto: Divulgação
A Academia Brasileira de Cinema (ABC) anunciou na tarde desta quarta-feira, 18, que o documentário “Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou", será o filme enviado pelo País para representar o Brasil no Oscar de Melhor Filme internacional em 2021. A produção é assinada pela diretora e atriz gaúcha Bárbara Paz, conhecida por ter dirigido filmes como “Meu Amigo Hindu” (2016) e que foi casada com o diretor que leva o nome do filme, Hector Babenco.
A decisão foi feita após reunião virtual com o Comitê de Seleção, composto por profissionais do audiovisual indicados pela Academia, presididos pela diretora e roteirista Viviane Ferreira.
Na reunião, também estavam presentes André Ristum (diretor e roteirista), Clélia Bessa (produtora), Leonardo Monteiro de Barros (produtor de cinema e TV), Lula Carvalho (diretor de fotografia), Renata Maria de Almeida Magalhães (produtora) e Toni Venturi (diretor).
O filme conta a história do cineasta Hector Babenco, diretor de clássicos como "O Beijo da Mulher Aranha" (1985) e "Canrandiru: O Filme" (2003). O documentário acompanha os relatos da vida do artista, repleta de reflexões, intelectualidade e amores, todos marcados pela sua saúde fraca.
No total, foram 19 longa metragens inscritos para representar o Brasil na premiação, entre “A Febre”, de Maya Werneck Da-Rin, “Três Verões, de Sandra Kogut, “Cidades Pássaros”, de Matias Mariani, e o cearense “Pacarrete”, de Allan Deberton.
Devido à pandemia do novo coronavirus, a 93ª edição do Oscar será realizada no dia 25 de abril de 2021.
Em 2020, o filme que representou o País no Oscar foi “A Vida Invisível”, do cearense Karim Aïnouz. Apesar do favoritismo nacional, e da presença de Fernanda Montenegro, o filme não foi selecionado. Entretanto, na categoria de Melhor Documentário, o Brasil marcou presença com a indicação de “Democracia em Vertigem”, assinado por Petra Costa.
A última vez que um filme brasileiro chegou ao Oscar de Melhor Filme Internacional foi em 1998, com "Central do Brasil", de Walter Salles.